Após uma reunião a portas fechadas hoje à tarde com o Sindicato dos Servidores Municipais de Campo Grande (Sisem) e outros representantes de classe, o presidente da ACP (Sindicato Campo-Grandense dos Profissionais da Educação), Lucílio Souza Nobre, afirmou que a decisão sobre uma possível greve dos professores municipais deverá sair após a realização da assembleia marcada para as 14h de segunda-feira (11).
“Como o projeto de lei de reajuste foi enviado sem o aval das categorias, ele não contempla a valorização que esperamos, portanto vamos deliberar pelo cumprimento da lei ”, afirmou Nobre. Segundo ele, a afirmação do prefeito Alcides Bernal sobre a situação judicial do reajuste se trata de um entrave político. “Temos um acordo judicial com a Procuradoria e há um conflito na interpretação das leis”.
Nobre ressaltou que os professores não são responsáveis nem pela crise política nem pela crise de gestão que ocorrem na Capital. “Dai a Cesar o que é de Cesar”, insistiu.
Para Marcos Tabosa, presidente do Sisem, está faltando seriedade do prefeito Alcides Bernal com os servidores de uma importante capital brasileira, uma vez que não está sendo cumprindo o acordo com a Procuradoria. “Agora o prefeito diz que não pode. Quem quer a greve é o Bernal. Faremos protesto amanhã em frente à Prefeitura”, disse.
Quanto ao reajuste de 2,79%, ele rebateu. “Não é justo. O IPCA pode chegar a 11,2% e há ainda bolsas, produtividades, entre outros benefícios que podem ser aumentados”, complementou.