Um ano depois do acidente de esqui que deixou Michael Schumacher em coma, o ex-piloto Phillippe Streiff deu mais uma declaração a respeito do estado de saúde do alemão.
Em entrevista ao Le Parisien, o francês afirmou que obteve as informações com a esposa Corinna e com Gérard Saillant, médico e amigo próximo do heptacampeão de F1.
"Ele deixou o hospital no início de setembro para voltar para casa, em Gland, na Suíça, e está consciente. Mas ainda não recuperou a fala e se comunica através dos olhos.
Ainda começa a reconhecer a família, sua esposa e os filhos, mas tem grandes problemas de memória", disse Streiff, que ficou tetraplégico após um acidente em testes de pré-temporada da F1 em Jacarepaguá no início de 1989.
De acordo com o ex-piloto, há possibilidade de Schumacher voltar a andar com o auxílio de muletas, mas no momento está sendo feita a transição da cama para a cadeira de rodas.
"Essa mudança já é bem difícil. É preciso colocar o corpo de volta na posição de sentar. Eu levei mais de um ano. No longo prazo, no cenário ideal, ele talvez possa andar de muletas, pois sua coluna espinal não foi afetada. Mas não dá para dizer nada, planejar nada", acrescentou.
A assessora e empresária de Schumacher, Sabine Kehm, não confirmou as informações e negou o contato de Streiff com a família.
"Eu não posso confirmar isso. Apenas posso confirmar que não sei onde Streiff conseguiu essa informação, pois ele não tem contato conosco e nunca teve", declarou à Reuters.
Streiff também falou sobre a situação de Jules Bianchi, piloto da Marussia que sofreu um grave acidente no GP do Japão, em outubro deste ano, e segue em estado crítico. "Sei um pouco pelo Gérard Saillant, mas é muito mais preocupante.
O choque foi muito mais violento que o de Michael Schumacher. A lesão axonal difusa é extremamente séria. A esperança é menor", comentou o francês.