Na manhã desta terça-feira (24), a secretária municipal de Políticas Públicas para as Mulheres, Liz Derzi de Matos, fez uma reunião para definir o programa de trabalho para a campanha Busão sem Abuso, que visa conscientizar os usuários de transporte coletivo a denunciar abusos e ofensas sofridos pelas mulheres nos ônibus, terminais e pontos de ônibus. A reunião aconteceu no auditório da secretaria e teve a presença do prefeito Gilmar Olarte e representantes da Rede de Proteção à Mulher e do Gabinete de Gestão Integrado do Trânsito.
Segundo a titular da Semmu, a campanha é necessária para que toda a mulher tenha o conhecimento de que pode e deve fazer a denúncia. “Desde setembro do ano passado até agora, mais de 70 mulheres procuraram a secretaria para relatar abusos que sofreram no ônibus”, afirmou Liz. “Elas chegavam aqui sem nenhuma informação, não sabiam qual era o procedimento a tomar, por isso decidimos fazer a campanha”, completou.
A previsão é de que a campanha seja iniciada no dia 6 de março, mês em que se homenageiam as mulheres, junto com outras campanhas voltadas ao público feminino promovidas pela secretaria. Durante a campanha Busão sem Abuso serão distribuídos panfletos informativos, adesivos, cartazes e será feita uma campanha midiática com propagandas nas televisões dos ônibus, outdoor e busdoor. Os motoristas de ônibus passarão por cursos de capacitação para saber como se portar diante de um caso de assédio sexual contra uma mulher.
O prefeito Gilmar Olarte esteve na reunião e salientou a importância de ser feita uma campanha como essa. “Eu pedi o envolvimento total de todas as pastas da gestão municipal nessa campanha para que ela tenha êxito total. Vamos trabalhar todos juntos”, pontuou.
Após a campanha ser implantada, as mulheres que sofrem abuso, usuários de transporte coletivo ou o próprio motorista do ônibus poderão fazer a denúncia ligando para o número 153, da Guarda Municipal. Os guardas atenderão a ocorrência e encaminharão o agressor à Delegacia Especializada em Atendimento a Mulher (DEAM), instalada na Casa da Mulher Brasileira.
“Algumas capitais como Curitiba, Rio de Janeiro e Brasília já fizeram essa campanha, No início, o número de denúncias de assédio sexual aumentou muito, mas com o tempo foi diminuindo. É isso que queremos em Campo Grande, inibir a violência contra a mulher”, afirmou Liz Derzi. A reunião também teve a presença do secretário municipal de Segurança Pública, Valério Azambuja.