Reinaldo recebe Mães da Fronteira e quer parceria contra crimes

O governador Reinaldo Azambuja recebeu, nesta terça-feira (10), em seu gabinete, Lilian Silvestrini e Ângela Fernandes, mães de Breno e Leonardo, vítimas do tráfico internacional de drogas, e colocou o Governo à disposição da Associação Mães da Fronteira para possíveis parcerias contra os crimes nas regiões de fronteira.

Reinaldo apresentou um panorama da situação da segurança pública e ouviu sugestões e reivindicações da entidade, que já possui aproximadamente 400 associados. Segurança pública é uma das principais prioridades da nova administração.

“O Governo demonstrou que tem todo interesse em trabalhar em parceria com a associação e sinalizou que terá as portas abertas para nós. O Governo vai ampliar o efetivo e investir em qualificação. Está tendo oxigenação do pessoal de fronteira, foram enviados profissionais de maior destaque profissional para essas regiões, que são as mais necessitadas. Isso é muito bom para que tenham pessoas empenhadas e com um gás novo para esse trabalho que é cuidar da nossa fronteira”, afirmou Ângela Fernandes.

As "Mães da Fronteira" também pediram apoio para a associação. Eles querem ter uma sede própria e também transformar a associação em uma federação. “A associação está funcionando dentro de casa e nós ficamos impossibilitados de dar tratamento adequado a todas as pessoas”, explicou Lilian Silvestrini.

O Estado possui aproximadamente 1.500 quilômetros de fronteira seca com Paraguai e Bolívia. Dos 79 municípios de Mato Grosso do Sul, 44 estão em área fronteiriça. Por conta disso, no fim do mês passado, Reinaldo foi a Brasília e pediu ao ministro da Justiça, José Eduardo Martins Cardozo, maior investimento na área de fronteira.

A cada ano, as polícias vêm quebrando recordes de apreensão de drogas. Enquanto em 2012 foram apreendidas 87,6 toneladas de entorpecentes, no ano passado foram R$ 221,9 toneladas. E somente em 2015 já foram apreendidas 24,2 toneladas.

O Gabinete de Gestão Integrada da Fronteira, ligado à Secretaria de Justiça e Segurança Pública, possui quatro polos instalados, de maneira estratégica, em Corumbá, Ponta Porã, Naviraí e Jardim e, atualmente, eles necessitam de viaturas, mobiliários e equipamentos, meio para operacionalização e desenvolvimento das atividades realizadas. O DOF também tem necessidades urgentes. 

Dor de mãe 
Lilian Silvestrini e Ângela Fernandes criaram o Mães da Fronteira após o assassinato dos filhos Breno e Leonardo, em 30 de agosto de 2012. O crime chocou o País. Os garotos foram mortos por criminosos que pretendiam trocar o carro de uma das vítimas por três quilos de cocaína, na Bolívia.
 

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