Passageiros reclamam que pouco mudou e, quando chove, é quase impossível ficar seco. Entretanto melhorias na mobilidade e na iluminação foram elogiadas. No final do mês de março a Prefeitura conseguiu estender por mais 6 meses a isenção de ISSQN (Imposto Sobre Serviço de Qualquer Natureza) às empresas que compõem o Consórcio Guaicurus. A cobrança retornaria no dia 1 de abril, após 4 anos do benefício.
Pelos R$ 700 mil que a Prefeitura deixou de receber, as empresas se comprometeram em reformar os terminais de ônibus da cidade. As obras incluiam melhorias de acessibilidade e a construção de cem pontos de ônibus com cobertura.
“Nem percebi reformas”
A reportagem visitou alguns Terminais nesta segunda-feira (2). Começamos pelo Terminal General Osório e à primeira vista é possível perceber o piso molhado pela chuva, mesmo com a garoa. “Não resolveram nada nesta parte, molha do mesmo jeito”, diz a dona de Elizangela Costa, de 38 anos. O auxiliar administrativo Eduardo Garcez, de 21 anos observou também as goteiras nas calhas, o que deixa tudo ainda mais molhado.
Além disso, quando poças se formam devido à chuva forte, a água acaba respingando com a passagem dos coletivos. “Em dia que chove, fica complicado, os ônibus passam e jogam água”, comenta a operadora de caixa Mariana Soares, de 20 anos. Ela afirma que não percebeu que o terminal havia passado por reformas.
Mas quanto à acessibilidade, o local foi aprovado pelo fiscal Vagner de Souza, de 27 anos, que é cadeirante. “Consigo me movimentar sem a necessidade da ajuda”, pontua. Ele afirma que a iluminação melhorou também, mas em relação à chuva ele diz que as pesso as “se molham bastante”.
“Você vê, molha tudo”
A próxima parada foi no Terminal Júlio de Castilhos onde, pelo menos, não havia goteiras, mas a chuva invade o espaço dos passageiros. A estudante Ingrid Antunes, de 15 anos diz que passa por dois terminais todos os dias e alerta: “fica complicado quando chove”.
“Você vê, molha tudo. Venta, a gente passa frio. Os ônibus demoram”, reclama diarista Marilene Josefa Lima Delgado, de 61 anos. A servidora pública Cleonice da Silva Ferreira, de 45 anos acredita que existe meio de melhorar. “Podiam fazer coberturas pelo menos nas faixas de segurança”, sugere.
“O problema é a espera”
Nosso último destino foi o terminal Bandeirantes onde a baixa cobertura não só deixa deixa o local molhado em dia de chuva, como aumenta a sensação de calor quando faz sol, como diz a confeiteira Amélia Conceição, de 41 anos. “Quando é sol, pega sol. Quando é chuva, pega chuva. E quando venta, molha tudo”, relata.
Segundo o açougueiro Mailton Leonel, de 42 anos, os banheiros foram os locais que mais receberam melhorias pelas reformas. “A reforma foi mais nos banheiros, o resto está praticamente do jeito que estava antes”, opina. Quanto aos problemas enfrentados pela chuva, ele afirma que são intensificados pela demora dos ônibus: “o problema é a espera”.
Resposta
Consultamos a Prefeitura de Campo Grande quanto às obras específicas e orçamento utilizado em cada terminal, bem como se ainda há alguma reforma prevista no cronograma de obras e aguardamos posicionamento.