Ouvindo o discurso do deputado Zé Teixeira nesta terça feira sobre a questão que envolve índios e proprietários no MS, conclui que esse era o melhor título para o texto, exatamente para escancarar a sua gravidade.
Pessoalmente nunca acreditei nas propaladas intenções do ministro Cardoso em colocar um ponto final nesta demanda que se arrasta anos a fio. Quando explodiu o caso da ‘Buritis’ ele ocupou a mídia com declarações no mínimo fantasiosas e com a promessa de que os proprietários e índios teriam seus direitos preservados.
Mas os dias, as semanas e meses se passaram e estamos na metade de 2015 e o assunto deixou de ser prioridade para o Planalto. Pelo que se conclui, o ministro Cardoso está preocupado mesmo é com a delação premiada na Operação Lava Jato. Os proprietários rurais ameaçados ou expulsos de suas terras que esperem.
Vergonhosamente os proprietários rurais são tratados na maioria das vezes pela grande mídia ( que não conhece a realidade) como os bandidos. Isso sem contar os setores do Governo que apoiados pelo Conselho Missionário Indigenista da Igreja Católica que insuflam os índios em ações e invasões ilegais.
Se a gente comparar – por exemplo – os valores gastos com os estádios da Copa do Mundo em algumas capitais, veremos que com menos da metade de um só deles seria possível indenizar todos os proprietários rurais com áreas aqui invadidas.
Mas eis a pergunta pertinente: será que nossos deputados federais e senadores não conseguem sensibilizar a bancada ruralista para pressionar o governo, com ameaça inclusive de trancar a pauta do Congresso?
Ora! Ao ouvir a sugestão do ‘sábio’ deputado Marum de que ‘os fazendeiros deveriam recorrer à Justiça’, chega-se a conclusão de que eles ( parlamentares) desconhecem a realidade ou simplesmente não tem interesse em se atritar com o Planalto, temendo a retaliação com a não liberação das suas emendas parlamentares.
Assim, o Planalto, o Ministro da Justiça, senadores e deputados federais vão empurrando com a barriga ou lavando as mãos ao melhor estilo Pôncio Pilatos.
Infelizmente, é assim como as coisas funcionam neste ‘país de faz de conta’.
De leve…