“Quero ser prefeito para retirar Campo Grande do Caos” – Marquinhos Trad

Em seu quarto ano de disputa eleitoral, o deputado Marquinhos Trad está empenhado em disputar a Prefeitura de Campo Grande. Ele garante que não teme a concorrência das máquinas do Governo Estadual, que apoiará a candidatura da vice-governadora Rose Modesto e da Prefeitura, com o prefeito Alcides Bernal disputando a reeleição.  O eleitor está amadurecido, é livre para fazer as suas escolhas, as últimas duas eleições mostraram que a máquina não ganha eleição.
 
Confira os principais trechos da entrevista concedida pelo deputado ao Jornal A Crítica
 
A Crítica – Por que o senhor quer ser prefeito de Campo Grande?

Marquinhos – Eu me preparei para isto e quero fazer a minha parte. Acredito que chegou a nossa vez de dar uma contribuição a cidade aqui constitui minha família, aqui me tornei uma pessoa pública, é hora de fazer mais. Em quatro disputas que já tive na vida pública, Deus me deu a honra de ser o mais votado em Campo Grande. Tenho percorrido a cidade, ouvindo as pessoas. E uma caminhada que não é de agora. Quem me conhece sabe das ações sociais, as parcerias, a prática desportiva, por toda cidade.
 
Estou pronto para tirar a cidade do marasmo, a que foi relegado pela atual gestão que não consegue desenvolver ações práticas e básicas.  Além do principal problema da cidade, apontados pela população no nosso projeto “conversa com a nossa gente”, como saúde, educação, segurança pública, trânsito, os buracos também são destacados pela população em geração.

Veja, é inconcebível que em pleno mês de maio nossas crianças ainda não tenham recebido o uniforme e o kit escolar.  É inacreditável que diretoras e recreadoras, tenham de fazer ‘vaquinha’ para comprar merenda para os alunos. A reclamação vai além de falta vagas novos Ceinfs. A reclamação é a falta de merenda, é o uniforme que não chega, e estamos para encerrar o primeiro semestre.

A Crítica – Qual seria suas prioridades, caso seja eleito prefeito?

Marquinhos –   O desafio inicial é o de reconstruir, reorganizar a cidade. Campo Grande sofre de uma ‘hemorragia’ interna em todos os seus setores.  Resgatar a cidade deste caos vai exigir do gestor, muita dedicação, responsabilidade, a qualificação técnica, mas sobretudo, competência administrativa para reorganizar a cidade. Temos que resgatar a autoestima da nossa cidade. Devolver a Capital aos trilhos do desenvolvimento. Para isto é necessária capacidade de trabalho, disposição para o diálogo com a sociedade. Montar uma equipe tecnicamente competente, mas com sensibilidade social. A cidade precisa de um gestor que sobretudo, inspire credibilidade, assegure um mínimo de estabilidade. Devolva ao setor privado, a confiança para retomar os investimentos que gerem emprego e renda.   
 
A Crítica – O senhor é pré-candidato a prefeito por um partido que só tem dois vereadores na Câmara. Além de ganhar a eleição é necessário ter uma base ampla no Legislativo.  Governar sem maioria na Câmara não compromete a gestão?
 
Marquinhos – O problema não é o partido do prefeito eleger poucos vereadores. O que dificulta a governabilidade é você administrar com soberba. Achar que é dono da verdade, que pode governar sozinho. Este comportamento condena qualquer gestão ao fracasso. A sociedade hoje não admite prepotência, força, arbitrariedade. Queremos uma gestão participativa, com conselhos regionais fortalecidos. Diálogo não só com a Câmara, mas também com os representantes de classe, com o comércio. O mundo mudou, a economia mudou. Existem outras formas hoje de se fazer uma gestão pública com eficiência e resultados. Uma delas é o diálogo. É necessário mostrar as todos os que foram eleitos, que o objetivo principal é trazer e proporcionar o bem-estar, e não dar cargos para agradar aliados.
 
A Crítica – O País passa por uma grave crise econômica, que se reflete nos estados e nas prefeituras. Num cenário de poucos recursos é possível atender as expectativas da população em termos de obras e projetos?
 
Marquinhos – Essa é uma questão que terá de ser enfrentada com muita competência. Estou me preparando há 10 anos para disputar a prefeitura. Sei os problemas de Campo Grande e digo: somos capazes de resolver desde que a minha cidade me ajude, a população estenda as mãos. Sozinho não consigo, preciso da participação popular. 
 
A questão de o Governo Federal estar minguando os recursos, para os municípios, isso já vem há muito tempo. Lembro-me de uma frase do ex-prefeito de Campo Grande, Lúdio Coelho. "Se você tem determinado valor, você não pode gastar acima do que você arrecada". O que temos visto hoje, infelizmente, são gestões irresponsáveis. Pessoas que prometem coisas mirabolantes, fantasias, iludem na maior parte nos seus planos de governo e nos seus programas de televisão e, na hora de executar vê que a realidade é outra. Estou ciente dos problemas de Campo Grande e algo que a população jamais ouvirá de mim é reclamar dos outros. 
 
Estou submetendo meu nome, porque tenho, junto com nossa equipe condições técnicas e administrativas para reconstruir a nossa cidade. Não vou reclamar de Juvêncio, de André, de Nelsinho, de Olarte, de Bernal. Tenho consciência de como vou pegar Campo Grande e repito: Nós vamos reorganizar essa cidade.
 
A Crítica – A questão de o senhor sair pré-candidato e seu irmão, Nelsinho Trad, também sair por outro partido, como se equaciona essa questão?
 
Marquinhos – Essa questão muitos me perguntam diariamente. O Nelsinho já foi prefeito, já teve oportunidade de mostrar o seu trabalho, assim como o Juvêncio, o André e o Bernal. Agora é nossa vez e reafirmo: sou pré-candidato e vou continuar no desejo de trabalhar, seguindo em frente com muita vontade, para que a nossa cidade melhore.
 
A Crítica – Em termos de alianças, já se cogitou ou o PSD vai caminhar sozinho nas eleições?
 
Marquinhos – Temos até julho para ratificar algumas alianças e estamos conversando com vários partidos. Já aglutinamos o apoio do PMN e minha pretensão é montar um arco de alianças de partidos comprometidos para Campo Grande, para somar forças para Campo Grande. Vou deixar muito claro que não aceitarei barganhas em troca de cargos. A sociedade política existe para ações nobres, e não para acomodar aliados.
 
 A Crítica – Em suas andanças, qual sentimento o senhor tem captado junto à população?
 
Marquinhos – Em todas as reuniões que fazemos há uma participação ativa. Esse problema nacional e até municipal trouxe uma maturidade para o eleitor. Ele tomou consciência de que se não participar serão comandados por aqueles que gostam da política. É necessário que o eleitor entre nesse processo, participe, cobre, de sugestões, critique até se for necessário. Me preparei nesses últimos 10 anos e quero muito fazer a minha parte. Se Deus assim me permitir, podem ter certeza, dedicação, trabalho, honestidade, competência não vão faltar para superarmos esse momento triste que a cidade passa.

Fonte: Jornal A Critica
     

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