A primeira pergunta e a mais lógica delas: ganhará o melhor candidato ou aquele que tiver o melhor time como fiador? Nas últimas eleições deu zebra nas urnas pelas razões que os eleitores conhecem de cor e salteado. Aliás, são águas passadas, mas que não deixam de servir como lição e alerta.
Primeiro é preciso admitir que o atual prefeito não deve tentar a reeleição porque está fragilizado tanto do ponto de vista administrativo, como politicamente. Na outra ponta surge a vice-governadora Rose, sem grandes desgastes – mas dependente do cacife e apoio do governador Reinaldo. Vários fatores convergem em seu benefício, além de ter uma boa imagem política e um discurso sem invencionices. É leve.
Na outra ponta está o candidato do grupo liderado pelo ex-governador Puccinelli. Essa crise interna envolvendo os irmãos Trad no PMDB é muito ruim, desgasta, passa a imagem de falta de unidade. O fato pode assumir proporções maiores, ficar incontrolável e prejudicar todas as partes envolvidas. Hoje o clima interno do grupo é pesado, mesclando mágoa e ódio inclusive.
No PT o nome que aparentemente não estaria estigmatizado é do médico Ricardo Ayache. Mas não se pode fiar naquela votação ao senado, mesmo porque eleição para cargo majoritário é diferente. A julgar pela sua fala e por recente artigo que mandou publicar na mídia local, Ayache não traz a lâmpada do sábio Diógenes. Lembra dela?
E não se pode ignorar que o PT não tem muitas chances de melhorar sua situação eleitoral, pois a economia nacional será de arrocho até lá. O PT é mais um partido que envelheceu – a exemplo de Lula – com seus cardeais mantendo o mando – custe o que custar.
Se na Assembleia Legislativa não existem outros nomes alternativos de peso, apesar das tímidas pretensões de Felipe Orro e Mara Caseiro, também na Câmara Municipal não há um só nome que consiga reunir tudo aquilo que um postulante precisa agregar. Nos bastidores questiona-se a situação do ex-prefeito Bernal. É ou não inelegível? É que apesar dos pesares, seu nome continua pontuando nas pesquisas eleitorais de consumo interno.
Não é preciso ser especialista para perceber que foram devastadoras as consequências das últimas eleições da capital. O eleitor sentiu o golpe na própria pele e admite a frase “era feliz e não sabia”. O problema é saber se ficou ajuizado.
De leve…