Mesmo com a chuva que seguiu na tarde desta sexta-feira (27) em Dourados, a carreata dos caminhoneiros, parte do ato de reivindicação de redução no preço dos combustíveis, entre outras solicitações, aconteceu com o apoio da população e várias entidades de classe.
Centenas de veículos entre carros e caminhões participaram do movimento que teve início no Trevo da Bandeira –BR-163-, local que desde o início da semana está com as vias bloqueados pelos manifestantes e seguiu pela avenida Hayel Bon Faker e depois pela Marcelino Pires sentido Shopping.
Com um “buzinasso” e faixas com dizeres como “Fora Dilma”, “Queremos trabalhar” e “Mais respeito aos trabalhadores” os caminhoneiros seguiram junto aos apoiadores. O manifesto formou uma fila de veículos de cerca de três quilômetros ao longo das vias, veja vídeo abaixo.
Para um dos representantes do movimento que não quis se identificar, o ato com participação da sociedade em geral traz mais força. Ele afirma ainda que a adesão a carreata foi surpreendente. “Isso mostra a indignação de um povo, vem para somar todo esse apoio e mostrar que não só nós que queremos mudança. Ficamos vibrantes e emocionados”, ressaltou o caminhoneiro.
O autônomo Pedro Lima, 29, se juntou a carreata e destacou sobre a importância movimentos como esse. “Acho muito válido esse protesto. É o momento de mostrarmos nossa indignação. Acredito que assim unindo forças vamos conseguir resultados para um país melhor”, pontuou.
Todo comércio douradense foi convidado a fechar portas pela Aced (Associação Comercial e Empresarial de Dourados) por uma hora em apoio a carreata. Nos locais onde o ato ocorreu a adesão dos comerciantes foi boa.
O empresário Antonio Santos, 61, fechou a sua loja e na porta colocou bandeiras do Brasil. Para ele, o momento é de juntos solicitarem mais condições de trabalho. “Com a inflação alta, combustível alta, tudo isso influencia e a uma crise acontece. Necessitamos dessa atitude a hora é de união para reivindicarmos ações que favoreçam o recuo dessa crise que está se instalando”, citou.
O protesto
Desde segunda-feira (23), a BR-163, região do Trevo da Bandeira e acesso a Fátima do Sul, além do trevo que liga o município a Laguna Carapã, na BR-463 estão com as vias bloqueadas pelos manifestantes.
Além da redução no preço dos combustíveis, a categoria solicita diminuição na alíquota do ICMS de 17% para 12%, tabela única do valor do frete e prorrogação das parcelas nos financiamentos dos caminhões, entre outros.