Professores usam método lúdico para ensinar estudantes a se proteger da violência e abuso

Como forma de ensinar aos estudantes a proteção contra o perigo do abuso e a violência infantil, a professora Keila Barbosa, do terceiro ano, da Escola Municipal Governador Harry Amorim Costa desenvolveu um método lúdico de aprendizado para as crianças assimilarem e se defenderem do perigo por meio da leitura do livro “O segredo da Tartanina”. 

De acordo com a professora Keila Barbosa, a metodologia de trabalho teve seis momentos: 1º Momento: Leitura do livro: O segredo da Tartanina. 2º Realizar as atividades do livro. 3º Momento: Diálogos/questionamentos sobre a história. 4º Filme “O segredo”5 º Momento: Criar frases com nomes dos personagens; 6º Produção de Texto. 

“Após a leitura do livro, conversarmos com os alunos sobre o segredo de Tartanina. Explico que alguns segredos são ruins e podem ferir a alma. Deixo claro as crianças que há segredos que podem e devem ser compartilhados com adultos de sua confiança principalmente quando são vitimas de abuso”, frisa a professora Keila.

Outro método de trabalho realizado pela professora Keila foi por meio do filme “O segredo”, exibido para os alunos. Após o filme, foram feitos questionamentos sobre a postura dos personagens. “Daí por diante os alunos são convidados para uma conversa informal e deixamos aberto o diálogo, caso alguém queira contar algum segredo para a professora (em particular). Deixamos claro que alguns segredos devem ser compartilhados com um adulto de sua confiança que são o pai ou a mãe”.

O diretor da Escola Municipal Harry Amorim Costa, Denny Miranda Moreira, reforça que o foco é fazer com que os alunos aprendam a se defender dos assédios e abusos de exploração sexual. “Trabalhamos com o princípio de Pitágoras – Educar quanto crianças, para não castigar quando adultos -. Como gestores queremos que este experimento educacional seja divulgado em outros setores”.

O aluno Matheus Henrique Jara, 8 anos, aprendeu que os segredos devem ser contados para uma pessoa de confiança, neste caso o pai ou a mãe. “Quem encostar em mim já grito igual a Tartanina e conto para meu pai”.

A aluna Rafaela Mendes Cardim, 8 anos, disse que o trabalho desenvolvido pela professora foi muito legal. “Não devemos aceitar nada de estranhos e recusar convites para ir à casa de desconhecidos. Se alguém fizer uma proposta diferente devemos contar para nossos pais. Vou contar para meus amigos a história da Tartanina porque é interessante”, comentou.

A coordenadora pedagógica, Ana Rita Amado, disse que o trabalho desenvolvido pela professora Keila foi brilhante. “O abuso contra as crianças é um assunto delicado. Está foi a maneira que a professora encontrou para ensinar os alunos a se defender. Os alunos vão ouvindo a história e criam confiança para relatar o que acontece com eles. Este é um trabalho bonito que ajuda a combater a violência contra as crianças”, finalizou.

Projeto Leitura 
Livro: O segredo da Tartanina

Autoras:
Alessandra Rocha Santos Silva
Sheila Maria Prado Soma
Cristina Fukumori Watarai
Editora: Universidade da família, Pompéia, São Paulo 2011

Fonte/Autor: Emidio Denardi 

Facebook
Twitter
WhatsApp

Leia Também