Polícia identifica mandante de ataques a ônibus em Campo Grande

Polícia já identificou o detento do Presídio de Segurança Máxima que ordenou os ataques aos ônibus em Campo Grande. Mas, por questão de segurança, ele ainda não prestou depoimento na delegacia. Até o momento, cinco homens foram presos e cinco adolescentes apreendidos.

Em nota, a Secretaria de Estado de Justiça e Segurança Pública (Sejusp) informou que a vistoria realizada pela Agência Estadual de Administração do Sistema Penitenciário (Agepen) no Presídio de Segurança Máxima de Campo Grande é um procedimento padrão de rotina no sistema penitenciário do estado. A Sejusp ainda considerou os ataques fatos paralelos e isolados.

Na madrugada desta sexta-feira (15) a polícia prendeu mais quatro suspeitos de incendiar e apedrejar os coletivos na capital. Todos os 10 prestaram depoimento em audiência de custódia no fórum. Todos confessaram os delitos em três bairros, na madrugada de quinta-feira (14).

Depois, os cinco adultos foram levados para a carceragem da Delegacia de Repressão a Roubo a Bancos, Assaltos e Sequestros (Garras) e os cinco adolescentes para uma unidade de internação.

As investigações apontaram que os ataques foram uma retaliação à operação pente-fino realizada no Presídio de Segurança Máxima na noite de quarta-feira (13). A polícia ainda aponta uma facção criminosa como responsável pelas ações organizadas.
O clima no presídio continua tenso. O Sindicato dos Servidores da Administração Penitenciária (Sinsap-MS) disse que não ficou surpreso com a demonstração de força do crime organizado.

“O clima é muito tenso no presídio e existe uma preocupação dos agentes com o que pode acontecer nos próximos dias após a demonstração de força do crime organizado. Além disso, o sistema de bloqueio de celulares não funciona como deveria”, afirmou o presidente André Luiz Santana.

A polícia continua em alerta e diz que o serviço de inteligência trabalha para identificar e prender mais pessoas envolvidas nas ações criminosas. Os investigadores também buscam informações para evitar novos ataques.

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