Em ação coordenada, a polícia francesa invadiu dois cativeiros onde radicais islâmicos mantinham reféns desde a manhã desta sexta-feira (9). Em Dammartin-en-Goële, a cerca de 40 km de Paris, foram mortos dois homens, suspeitos deatacar a revista Charlie Hebdo. Já no bairro de Vincennes, na capital, o sequestrador morto é suspeito de ter assassinado uma policial.
Em Dammartin-en-Goële, estavam os irmãos Said e Cherif Kouachi, suspeitos pelo atentado da quarta-feira (7) à revista francesa Charlie Hebdo, que deixou doze mortos. Segundo o prefeito da cidade, Yves Albarello, os dois sequestradores foram mortos na operação.
O refém, funcionário de uma pequena empresa especializada em impressão e publicidade, foi libertado e está em bom estado de saúde, de acordo com a rede pública de rádio "France Info".
Durante a operação, fortes explosões foram ouvidas em Dammartin-en-Goële por jornalistas da AFP; era possível avistar fumaça saindo do local em imagens do canal BFM-TV.
Poucos minutos depois da invasão em Dammartin-en-Goele, foram ouvidos tiros e explosões na loja judaica onde ocorria um segundo sequestro na capital francesa. A prefeita de Paris, Anne Hidalgo, confirmou a morte do sequestrador, identificado como Amedy Coulibaly, 32.
A imprensa local afirma que ao menos quatro reféns também teriam morrido na operação. Outros dez teriam sido libertados, mas quatro estão em estado grave.
O homem é o mesmo que matou uma policial na quinta-feira (8) e feriu um funcionário da limpeza em Montrouge, na periferia ao sul de Paris, na quinta-feira (8), e teria exigido o fim ao cerco da polícia aos irmãos em Dammartin-en-Goele em troca dos reféns na loja judaica.
Coulibaly estava armado com duas pistolas automáticas e um fuzil, e atirou contra duas pessoas antes de entrar no mercado. Não há informações sobre o número total de reféns eram mantidos na loja.