A Polícia Federal abriu investigação para apurar uma remessa de US$ 16 milhões (cerca de R$ 33 milhões), de Angola para o Brasil, feita pelo marqueteiro do PT, João Santana, afirma reportagem deste domingo (3) do jornalFolha de S.Paulo. Santana afirma que remessa foi legal.
A suspeita da PF é que a movimentação se enquadre num esquema de lavagem de dinheiro. A investigação da PF foi aberta após a remessa feita por Santana ser considerada atípica.
Os investigadores apuram se o dinheiro foi pago a Santana por uma empreiteira brasileira que atua em Angola como uma forma de a legenda quitar as dívidas que tinha com o marqueteiro.
De acordo com o jornal, a remessa foi feita em 2012, quando Santana trabalhava na campanha do então candidato à Prefeitura de São Paulo Fernando Haddad e do presidente de Angola, José Eduardo dos Santos, que concorria à reeleição. Ambas as campanhas foram vitoriosas.
A campanha de Haddad, ainda conforme a Folha, terminou com uma dívida de R$ 20 milhões com a empresa de Santana. O valor foi parcelado em 20 fatias de R$ 1 milhão.
O marqueteiro afirmou, em entrevista por e-mail à Folha, que a operação foi “totalmente legal e transparente” e é referente ao dinheiro recebido com a campanha do presidente angolano. “A transferência foi feita via Banco Central e seguiu as normas, além de ter sido acompanhada pelo ‘compliance’ do Bradesco”, afirmou Santana.
O marqueteiro afirma que deixou todos os documentos a respeito da transação à disposição no site de sua empresa, a Pólis.