Parque dos Poderes pode ganhar primeira revitalização em 33 anos

Centro do poder no Estado, o Parque dos Poderes pode ganhar sua primeira grande intervenção em 33 anos. Inaugurado em 1983, com status de “paixão” do então governador Pedro Pedrossian, o local, em Campo Grande, foi alvo de um diagnóstico da atual gestão.

O projeto executivo de recuperação viária tem custo de R$ 9,5 milhões para que o parque receba revitalização da via, dos canteiros, pista de caminhada, ciclovia, calçadas com piso tátil e meio-fio.

O projeto foi encaminhado ao governadorReinaldo Azambuja (PSDB), que vai avaliar a viabilidade orçamentária.

“Existe uma demanda, uma solicitação por parte da sociedade. Nós entendendo a necessidade de revitalização do parque e contratamos um projeto executivo. Deu um valor alto e estamos aguardando definição. Se vai executar 100%, se vai segurar mais um tempo”, afirma o titular da Seinfra (Secretaria de Infraestrutura), Ednei Marcelo Miglioli.

A proposta prevê 9,8 quilômetros de ciclovia. A faixa vai da rotatória da Avenida do Poeta com a Afonso Pena até a rotatória da avenida Mato Grosso. E também da rotatória perto da Seinfra até perto da agência do Banco do Brasil no parque. “Vai ser no sentido do trânsito. Uma vai e outra volta”, diz o secretário.

A projeção é que a pista de caminhada tenha quatro quilômetros, se estendendo da rotatória com a Afonso Pena até a rotatória da Mato Grosso. O projeto ainda inclui recapeamento em 136.644 metros quadrados, drenagem, 20.981 metros lineares de meio-fio, acessibilidade ao longo do parque e sinalização viária.

“Vai ser maior intervenção. Até porque nunca teve nenhuma”, salienta Miglioli. O governo também levantou os custos para melhorar a iluminação no parque, sendo necessário investimento de R$ 1,8 milhão.

História – Ex-deputado estadual, o engenheiro civil Antônio Carlos Arroyo volta a 1981 para contar do nascimento do Parque dos Poderes. À época ele era diretor-presidente do Departamento de Obras Públicas, equivalente hoje à pasta de infraestrutura. “Em 1981, o ex-governador Pedro Pedrossian queria reunir todos os órgãos públicos num local. Lá foi escolhido por causa da preservação da mata. O projeto também se preocupava em preservar as nascentes”, conta.

A área pertencia à empresa de saneamento e foi negociada com o governo. A obra foi entregue em 1983. “Procuramos obedecer o máximo possível as curvas de nível do terreno, preservar a área de vegetação para não ter problemas de erosão, porque o terreno ali é muito arenoso”, recorda Arroyo.

Há 33 anos, foram entregue as secretarias. Segundo Arroyo, o projeto ficou parado nas outras gestões e somente com o retorno de Pedrossian foram levadas à frente as obras do centro de convenção, Assembleia Legislativa e Tribunal de Contas do Estado.

“O ex-governador, que também é engenheiro, participou ativamente. Tinha uma paixão pelo Parque dos Poderes. Acompanhou desde o estudo de viabilidade para implantação”, relata.

Pedro Pedrossian, 87 anos, foi governador de Mato Grosso entre 1966 e 1971. Em 1980, foi nomeado para comandar Mato Grosso do Sul, posto que retomou em 1991, quando foi eleito nas urnas.

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