A chefia de atendimento do hospital reconheceu a importância de uma quantidade maior de leitos, mas explicou que os CTIs da capital 'estão sempre lotados'.
No Hospital de Urgências, 23 pessoas aguardam para ser atendidas. Outro reflexo da falta de espaço são as macas espalhadas pelo corredor do pronto atendimento.
"Não é bom, né? O certo seria a gente ficar nos quartos. Mas ele também atendem a gente muito bem", afirmou Rita de Cássia Ribeiro, que faz tratamento contra o lúpus.
Sem ter lugar para ficar, Ricardo de Oliveira tomava soro sentado em uma cadeira. "Tem que esperar sentado aqui, né?", contou.
A área vermelha, que comporta até sete pacientes, está com nove. Sete deles precisam de leito em UTI, mas falta vaga.
Os pacientes deveriam ficar nesse espaço por, no máximo, 12 horas. Mas tem gente aguardando há duas semanas.
"O paciente do CTI precisa de todo um tratamento para evitar sequela. E o paciente da urgência e emergência precisa de um tratamento para evitar piora clínica. Então precisa de estabilização. Deveria ser assim, e infelizmente não é, porque nossos CTIs de Campo Grande estão sempre lotados", explicou Raquel Tauro, chefe de atendimento do HU.
Segundo a secretaria de Saúde da capital sul-mato-grossense, 125 pacientes estão em UPAs e CRSs e também em unidades do interior.