O prefeito Gilmar Olarte (PP) declarou na tarde de hoje (23) durante visita a lojistas no centro da Capital que pretende tirar do papel o projeto de revitalização da Rua 14 de julho no segundo semestre deste ano. As intervenções dependem de financiamento de US$ 56 milhões que a Prefeitura negocia junto ao BID ( Banco Interamericano de Desenvolvimento).
Conforme Olarte, a requalificação da via deve beneficiar cerca de 150 mil pessoas de forma direta e indiretamente e será um “marco” para o comercio da Capital. Segundo ele, as obras devem ser tocadas no período noturno para evitar “prejuízos e incômodos” para lojistas e consumidores.
“Estamos vivendo um momento histórico. Estamos aguardando somente a chegada do recurso e algumas questões técnicas que precisam ser resolvidas para viabilizar o empréstimo e dar inicio a essa requalificação, disse.
Segundo a coordenadora de Projetos Especiais da prefeitura, Catiana Sabadin Zamarrenho, o processo de contratação do empréstimo junto ao BID ainda está em tramite e deve ser assinado em maio. Catiana explica que a prefeitura terá um prazo de 20 anos para pagar o empréstimo contratado a juros de 0,2% ao ano.
O projeto de revitalização da 14 de Julho foi elaborado para o trecho entre a Avenida Fernando Correa da Costa até a Avenida Mascarenhas de Moraes, Bairro São Francisco. Entretanto, nesta primeira etapa as intervenções ficarão limitadas ao trecho entre a Avenida Afonso Pena e a Cândido Mariano, abrangendo as transversais. Se os recursos que estão sendo negociados junto ao BID forem suficientes, prevê-se também o recapeamento da 13 de Maio.
Neste trecho inicial de intervenção (entre Afonso Pena e Cândido Mariano), onde hoje há três faixas de rolamento (destinada ao trânsito de veículos) e duas de estacionamento nas duas laterais (com aproximadamente 200 vagas), haverá padronização das calçadas que serão ampliadas em 1,2 metro (de 3 para 4,20 metros).
Numa faixa de 2,5 metros de largura serão implantadas das redes subterrâneas, além do mobiliário urbano (bancas de revista, telefones públicos lixões). Restarão duas faixas de rolamento por onde circularão os veículos.
A ideia é transformar a 14 de Julho um espaço que vai privilegiar o pedestre, que terá calçadas mais amplas, o clima mais ameno, com a instalação de estruturas de sombreamento, além da arborização. Além das esquinas, haverá travessias de pedestre no meio da quadras, o que facilitará o acesso entre lojas situadas nas duas laterais da rua.
No trecho a partir da 14 de Julho está prevista a implantação de uma ciclo-faixa até o final da rua. Outro desdobramento da revitalização da 14 de Julho (e da 13 de maio) será a retirada das linhas troncais (ônibus que fazem a ligação entre terminais) passarão a circular pela rua Rui Barbosa e a Avenida Calógeras.
Expectativa – Segundo o presidente da ACICG (Associação Comercial e Industrial de Campo Grande), João Carlos Polidoro, a expectativa é que o projeto realmente saia do papel, tendo em vista que os lojistas já se organizaram para passar pelo período de intervenções.
“Nós (associação e lojistas) se reunimos em 2010 e ficou tudo acertado. Apesar de todos estarem cientes que vai haver alguns transtorno entendemos que o projeto é importante”, disse.