A sala, cheia de aparelhos sofisticados de última geração, até parece uma academia para muitos alunos. Mas não, é inteira e exclusiva do camisa 10 da Seleção. A rotina não é secreta. Em sua casa, em Barcelona, e com o consentimento do clube, Neymar dá continuidade aos exercícios com a supervisão dos profissionais Ricardo Rosa, preparador físico, e Rafael Martini, fisioterapeuta, que ele mesmo escolheu e levou do Brasil. Em entrevista exclusiva para o Esporte Espetacular, o craque mostrou sua casa na Espanha pela primeira vez, falou do momento de solteiro, do assédio das fãs, do filho, da vida, e diz ter amadurecido muito com as decepções enfrentadas em 2014.
– Foi um ano de aprendizado, um ano em que a gente poderia ter feito história – lamenta o jogador.
Águas passadas. O fiasco do Brasil não deixou marcas. Pelo contrário. Reverência é o que Neymar tem recebido. Como no gol contra o Paris Saint Germain, no último jogo pela Liga dos Campeões. Na Seleção, camisa dez, capitão, desequilibrando: em catorze jogos, quinze gols em 2014. Média superior a um gol por jogo. O único brasileiro de meio campo e ataque na lista dos trinta pré-finalistas do prêmio da Fifa. Segundo uma tradicional revista americana, Neymar é a celebridade número um na lista dos cem brasileiros mais influentes. São setenta e nove milhões de seguidores nas redes sociais, dezessete patrocinadores pessoais e outras quarenta e cinco empresas com direito ao uso de imagem.
O assédio é grande, mas o astro está solteiro.
– Estou bem tranquilo. O coração está livre.
