Cerca de 200 pessoas do MST (Movimento dos Trabalhadores Rurais Sem Terra) bloquearam a BR-262, no quilômetro 406, em frente a Fazendo Onoda, próximo ao município de Terenos. A pista foi fechada na manhã desta segunda-feira (15), por volta das 6 horas. O objetivo é chamar a atenção das autoridades para os problemas enfrentados pelos indígenas Guarani Kaiowá em Caarapó a 273 quilômetros de Campo Grande.
De acordo com um dos coordenadores do MST, Dinho Lopes, o grupo espera que o Governo se atente para as condições de indígenas que no último dia 7 retomaram a a área Tey Juçu, que fica as margens da reserva indígena Tey’ikue.
“A área estava sendo desmatada por fazendeiros da região. os indígenas retomaram e foram atacados por fazendeiros. Assass9inaram um jovem indígena de 17 anos no dia da retomada e na última sexta-feira raptaram um dos guerreiros da tribo”, afirmou.
Dinho declarou ainda que a área ocupada pelos indígenas já havia sido demarcada pela Funai (Fundação Nacional do Índio), no entanto, ainda não havia um posicionamento sobre a terra. “Queremos dar um basta e precisamos que ocorre a reforma agrária e demarcação das terras indígenas e quilombola”, destacou.
O coordenador do MST ressaltou que o protesto também envolve a indenização pela Fazenda Onodo, onde ocorre o bloqueio. Segundo eles, a questão já é de conhecimento do Incra (Instituto Nacional de Colonização e Reforma Agrária de Mato Grosso do Sul). “São cerca de 180 famílias nessa região. Queremos assentar todas elas”, explicou.
Ao todo, o MST representa 2.300 famílias no Estado. A PRF (Polícia Rodoviária Federal) acompanha a manifestação. Conforme as informações, a pista poderá ser liberada a qualquer momento e por enquanto é permita a passagem apenas de ambulância e pessoas com encaminhamento médico.