Morreu Nilton Servo, o homem que sonhava ser prefeito de Campo Grande

Morreu na quarta-feira, em um hospital do Rio de Janeiro, o ex-deputado estadual Nilton Cezar Servo, que foi presidente do Grêmio de Esportes Maringá e disputou as prefeituras de Maringá, Nova Esperança, Campo Grande (MS) e Bonito (MS).

Apesar de ter disputado várias eleições, foram os fatos negativos que caracterizaram a vida de Servo, preso diversas vezes, algumas delas com divulgação durante dias no Jornal Nacional, da Globo, grandes jornais erevistas brasileiros. Ele se destacou principalmente como chefe da chamada Máfia dos Caça-Níqueis, que chegou a envolver até parentes do então presidente da República Luiz Inácio Lula da Silva. Aliás, Servo se orgulhava em mostrar fotos dele com Lula publicadas em jornais.

Em Maringá, Servo se destacou também pela truculência, como na noite em que acabou com um baile em um tradicional clube social da cidade. Ele invadiu o salão de festas com um jipe depois de ter tido problemas na portaria.

Também há o caso em que teria comandado um grupo que tentou invadir a oficina de um jornal de Maringá para impedir a circulação de uma edição que trazia uma pesquisa eleitoral, em que ele aparecia lá em baixo.

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Embora tenha disputado muitas eleições, Nilton Servo sempre foi mau político. Nunca conseguiu um resultado expressivo em suas aventuras como candidato. No Mato Grosso do Sul, foi candidato a prefeito de Campo Grande e os moradores da cidade nem se lembram disto. Também tentou ser prefeito de Bonito. Foi duas vezes candidato a deputado federal pelo Mato Grosso do Sul e nas duas teve votações inexpressivas.

Em Maringá, onde cresceu e era conhecido por ser filho do ex-prefeito de Mandaguaçu Lázaro Servo, que foi também deputado estadual, Nilton foi presidente do Grêmio e ganhou muito dinheiro com casas de bingo. Mas, nunca se elegeu a nada. Aliás, chegou a ocupar uma cadeira na Assembleia Legislativa com a morte do deputado José Alves. Servo era o suplente.

As outras tentativas de se eleger deputado também não deram em nada.

Como candidato a prefeito de Maringá em 1996, recebeu apenas 529 votos, que não dariam para elegê-lo nem vereador.

A última aventura de Servo na política do Paraná aconteceu em Nova Esperança, em 2008, quando enfrentou a então candidata à reeleição Maly Benatti e o empresário Roberto Pasquini. Obteve apenas 16% dos votos, menos do que a abstenção, que foi de 17%.

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