Metade das vítimas de acidentes de trânsito está em motocicletas

Dados do Placar da Vida, divulgados pela Agetran (Agência Municipal de Transporte e Trânsito) mostram que metade das vítimas mortas em acidentes de trânsito em Campo Grande é de motociclistas. De 1º de janeiro a 1º de abril foram contabilizadas 16 mortes, e 8 delas eram motociclistas.

A última delas aconteceu na noite de domingo (2). Ao tentar atravessar a avenida Gury Marques, um motociclista faleceu após colidir com uma caminhonete. A polícia realizou teste do bafômetro no motorista e constatou que ele estava alcoolizado.

Além dos 8 motociclistas que morreram em 2017, 4 pedestres, 1 ciclista e 3 passageiros de carro também perderam a vida no mesmo período. Já no ano passado foram 82 pessoas só na área urbana da Capital, e destas, 47 eram motociclistas.

Em 2015 a Agetran divulgou no balanço do Placar da Vida que 96 pessoas foram vítimas no trânsito de Campo Grande. Segundo a agência, para o preenchimento da tabela considera-se apenas vítimas que vieram a morrer no local do acidente e as que morreram em um período de até 30 dias em decorrência do acidente (na Santa Casa ou em outros hospitais).

Estas orientações são da OMS (Organização Mundial da Saúde), para que haja padronização na contagem das vítimas. A validação dessas informações é feita após 90 dias do fechamento do trimestre, ou seja: janeiro, fevereiro e março só serão validados em julho, quando for feito o cruzamento de informações dos boletins de ocorrência com as declarações de óbitos.
O Placar da Vida foi inaugurado no dia 11 de maio de 2011, como uma ação da Década de Ação de Segurança no Trânsito.

Motorista de Toyota Hilux apresentou visível estado de embriaguez e foi preso

Após o acidente de domingo, que vitimou Vagner Pereira de Souza, 33, testes de bafômetro indicaram que o motorista da caminhonete estava bêbado no momento da colisão.

Conforme a polícia, Vagner pilotava uma Honda Biz pela rua Cana Verde e, ao tentar cruzar a avenida, acabou sendo arremessado pela caminhonete Toyota Hilux. Equipes do Corpo de Bombeiros e Samu (Serviço de Atendimento Móvel de Urgência) foram até o local, mas a vítima não resistiu e morreu antes da chegada do socorro.

O delegado Cleverson Alves dos Santos disse que o condutor, de 24 anos, mora em Dourados :a 228 km da Capital : e conduzia um carro da Bolívia, que era da noiva.

No veículo, além do casal, havia um amigo e eles seguiram viagem. A polícia notou o visível estado de embriaguez dos ocupantes, o que foi constatado pelo teste do bafômetro, que indicou 0,49 mg/l. Ele está detido na Depac (Delegacia de Pronto Atendimento Comunitário) Piratininga e responderá por homicídio culposo na direção de veículo automotor.

O acidente ocorreu há poucos metros do redutor de velocidade. Na manhã de ontem, restos dos veículos ficaram espalhados no canteiro central. Morador nas proximidades há cinco anos, José Morales, 23, disse à  equipe de reportagem que o local é perigoso, principalmente ao anoitecer, em razão de pouca iluminação pública.

”O lado mais perigoso é do outro lado [sentido bairro :Centro], porque deste tem o radar e alguns condutores respeitam, mas do outro eles passam em alta velocidade. Pedestre ou ciclista como eu precisam ficar muito atentos até mesmo durante o dia”, comentou o morador.

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