Mesmo sendo investigada pelo MPE, Rose Modesto continua fazendo campanha

A vice-governadora e candidata a prefeitura de Campo Grande, Rose Modesto (PSDB), investigada pelo MPE (Ministério Público Estadual), disse durante a convenção do PRB (Partido da República Brasileiro) que em 20 anos de vida pública não existe nada que deprecie sua vida política. A convenção que anunciou o apoio do partido aos tucanos aconteceu na noite desta quinta-feira (04) no La Riviera Buffet na Rua Pedro Celestino em Campo Grande.

Rose é investigada em um suposto esquema de compra de votos para cassar o mandato do prefeito Alcides Bernal, do PP, em março de 2014.
Durante a convenção, o PRB anunciou que irá lançar 18 candidatos a vereador e vão apoiar Rose Modesto para a prefeitura da Capital. “Não temos medos de desafios e nem de obstáculos nem dos poderosos. O nome da Rose foi bem recebido dentro da sigla”, disse o presidente do PRB em Mato Grosso do Sul, Wilton Acosta.

Investigação
Rose e outros 22 vereadores votaram pela cassação de Bernal, que recuperou o mandado, por força de liminar [decisão judicial provisória], em agosto de 2015.

Pelo investigado, vereadores interessados na queda de Bernal, teriam recebido benefícios, em cargos ou dinheiro, para tirar Bernal do comando da Prefeitura. Os denunciados negam terem sido comprados pela cassação.

Em março de 2014 Bernal saiu da Prefeitura por decisão de uma CPI que investigou contrário firmados pela prefeitura em regime de urgência, tidos como irregulares.

O deputado federal Elizeu Dionízio, do PSDB, outro vereador à época da denúncia do suposto complô contra Bernal, segundo o procurador Paulo Passos, também é investigado. O caso dele, por ter foro privilegiado, seguiu para o STF (Supremo Tribunal Federal).
Rose Modesto não tem foro privilegiado e, se for denunciada, o caso será tratado pelo Tribunal de Justiça.

Os denunciados na Coffee Break foram tidos como suspeitos por meio de escutas telefônicas autorizadas judicialmente. De acordo com o MPE, Rose aparece nas conversas, uma delas com o vice-prefeito Gilmar Olarte, do PP, que assumiu a prefeitura logo depois da cassação de Bernal. Olarte seria um dos principais articulares da trama.  

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