A medicina evolui constantemente, e depois de muitos estudos relacionados a certas substâncias, remédios comuns podem ser retirados do mercado por apresentar sérios riscos para a saúde de quem utiliza os componentes químicos em busca de amenizar os efeitos de algum tipo de enfermidade.
Um dos remédios mais utilizados por toda a população acaba de ser enquadrado como um agente potencializador para o aparecimento de câncer no estômago, conforme revelou uma pesquisa realizada por duas instituições universitárias renomadas.
Essa substância pode aumentar significativamente o risco de desenvolver o câncer de estômago
Essa substância classificada como inibidores de bomba de próton (IBP) pode aumentar significativamente o risco de desenvolver o câncer de estômago, naqueles que a utilizam, em até 2,4 vezes. É a primeira vez que um estudo consegue concluir que esses remédios, que nem precisam de receita para ser comprados, podem ser prejudiciais à saúde.
Outras pesquisas relacionadas ao uso dessas substâncias já tinham sido realizados, mas em nenhum deles outros fatores conseguiram ser isolados para chegarem à resposta conclusiva sobre o Omeprazol.
Ele pode ser um vilão para aqueles que buscam amenizar as doenças estomacais.
O estudo analisou o uso contínuo de substâncias como o Omeprazol, Pantoprazol e Lansopazol
O estudo mostrou que o uso contínuo de substâncias como o Omeprazol, Pantoprazol e Lansopazol pode aumentar o risco de pacientes desenvolverem câncer no estômago. Esses remédios são utilizados por milhares de pessoas que sofrem com problemas gástricos e eram considerados verdadeiros aliados de pacientes que sofriam com gastrite e refluxos, por exemplo.
O Omeprazol é um dos remédios mais populares no Brasil e é utilizado em larga escala pela população, sendo ele um dos itens da Farmácia Popular, um programa de distribuição de remédios a preços módicos mantido pelo governo federal.
153 pacientes desenvolveram câncer de estômago durante a pesquisa
O trabalho de pesquisa foi realizado pela Universidade de Hong Kong e pela Universidade College London, que fica na Inglaterra. Foram ouvidos 63 mil adultos que ficaram divididos em grupos que representavam pacientes que usam habitualmente esses tipos de substâncias.
O estudo durou 12 anos e os voluntários foram acompanhados durante este período, sendo que 153 deles desenvolveram o câncer de estômago entre os participantes que fizeram o uso de Omeprazol por mais de três anos seguidos.