Justiça’, pede mãe de garoto ferido com mangueira em lava jato de MS

Indignada com a agressão sofrida pelo filho de 17 anos em um lava jato de Campo Grande, a mãe pede que os suspeitos sejam punidos. "Eu quero que eles paguem pelo que fizeram. Acabaram com a vida do meu filho. Quero justiça. Só vou sossegar quando eu ver ele atrás das grades", afirmou em entrevista à TV Morena.

O menino de 17 anos foi internado em estado grave e perdeu parte do intestino depois de ter uma mangueira de alta pressão introduzida no ânus durante uma brincadeira em um lava-jato no bairro Morumbi. O garoto trabalhava no local há cerca de um mês e o abuso foi denunciado pela família da vítima. Um boletim de ocorrência foi registrado na sexta-feira (3), segundo informações da assessoria de imprensa da Polícia Civil.

'Brincadeira'
Os suspeitos do crime são o dono do lava-jato, um jovem de 20 anos, e outro funcionário, de 30 anos, amigo da família da vítima.
Segundo os pais do garoto, ele é vizinho da família e teria indicado o adolescente para trabalhar no lava jato a pouco mais de um mês.

O caso aconteceu por volta das 10h de sexta-feira (3). A família da vítima disse para a polícia recebeu uma ligação do dono do lava-jato falando que tinha acontecido "uns negócios" com o adolescente e que ele precisava ser levado para o hospital.

Na unidade de saúde, os familiares foram informados que a vítima brincava no local de trabalho com os suspeitos quando o funcionário o segurou e o dono do local aproximou a mangueira de compressão de ar do ânus do garoto.

"Diz que seria uma brincadeira, que iriam pegar o ar e colocar no ânus do menino. A pressão do ar era tão forte que fincou [a mangueira] dentro dele. Esse ar vazou, estourou o instertino grosso e saiu pela pele, pelas laterais, comprimindo os pulmões dele e trancando essa válvulas respiratórias", afirmou.

O garoto passou por cirurgia e foi levado para o leito, mas teve que ser transferido para a área vermelha do hospital na noite de domingo (5), depois de ter rebaixamento de consciência por volta das 21h (de MS).

Ele pode perder parte do intestino, segundo o hospital. Segundo o pai, o adolescente não está falando nem se mexendo e apenas responde com sinal de positivo ou negativo.
O caso foi registrado como lesão corporal dolosa na Delegacia de Pronto Atendimento Comunitário (Depac) Piratininga e deve ser investigado por uma unidade especializada.

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