O líder indígena Paulino Terena tentou, sem sucesso, depor em seu idioma materno ontem na chamada CPI do Genocídio. Alegou que não era capaz de falar ou compreender a língua portuguesa. Não colou. Os deputados estaduais Mara Caseiro (PSDB) e Paulo Corrêa (PR) exibiram vídeo em que o indígena aparece falando português normalmente.
Palhaços, não – Para quem apoia os índios no conflito com fazendeiros, ficou a sensação de que Paulino, de vítima, passou a réu tendo um direito negado. Para os deputados, foi o contrário. “Não posso admitir que nos chamem de palhaços, porque ficou muito claro que ele não só fala português, mas defende seu povo em nossa língua”, disse Mara. O caso será levado à Justiça. Detalhe: em tese, a CPI do Genocídio é favorável aos índios, se contrapondo à CPI do Cimi, sobre tema semelhante, também tramitando na casa.