Mais uma semana chega ao fim e a população continua sem uma resposta da Prefeitura Municipal de Campo Grande sobre as alternativas para problemas como limpeza, asfalto e outros serviços de manutenção da Capital. Na manhã de ontem (16), funcionários da Seintrha (Secretaria Municipal de Infraestrutura, Transporte e Habitação) disseram sobre as péssimas condições de trabalho e falta de alimentação para os trabalhadores, que executam os serviços de varrição, pintura de meio-fio, cortes de árvores e tapa-buracos nas ruas de Campo Grande.
Conforme um funcionário, que prefere não ser identificado, desde o início da atual gestão, comandada pelo prefeito Alcides Bernal (PP) – que retornou à prefeitura no mês de agosto –, inúmeros funcionários não estão recebendo almoço durante o expediente. O paliativo para a problemática está sendo liberar os funcionários mais cedo, por isso não há funcionários no período da tarde. “Antes, as ações de limpeza eram realizadas das 6h30 às 16h.
Hoje, nós trabalhamos somente até as 10h30”, explicou o funcionário, detalhando que este curto espaço de tempo não é suficiente para suprir toda a demanda de limpeza da Capital. “As 10h30 tem até fila na Seintrha para receber os vales-transportes e todos irem embora, antes todos os dias chegava o marmitex às 11h e depois, o trabalho continuava normalmente”, explicou. Ele ressalta que “muita gente não liga de ficar sem trabalhar, mas eu estou falando como cidadão. Isso é um descaso. Trocaram o almoço pelo vale-transporte, enquanto a cidade fica às moscas”.
De acordo com assessoria de imprensa da prefeitura, o contrato com a empresa que fornecia alimentação estava com problemas e com faturas em aberto. O fornecimento foi suspenso pela empresa e a administração municipal está procurando resolver a situação. Ainda segundo a assessoria, a Seintrha está utilizando outro contrato que atende aproximadamente 150 trabalhadores. Os demais ficam meio período. Manutenção de postes não é feita há meses; licitações foram suspensas No dia 8 e 14 deste mês, O Estado retratou a situação da iluminação pública em Campo Grande.
Sem manutenção, há vários bairros sem luz. Desde o dia 7, a reportagem questiona a prefeitura, por meio da assessoria de imprensa, sobre quais providências seriam tomadas para resolver a situação, mas até ontem, nada foi informado. Em agosto deste ano, o jornal publicou uma matéria noticiando que o Executivo municipal, ainda na gestão de Gilmar Olarte (PP), suspendeu 15 licitações no valor agregado de R$ 17,5 milhões destinados à manutenção da iluminação pública de 71 bairros da Capital. Os entrevistados para as reportagens deste mês disseram que a prefeitura admitiu não ter empresas contratadas para o serviço.