Elizeu Dionízio: “A in-gestão de Alcides Bernal”

Enquanto os campo-grandenses têm de engolir o atual prefeito Alcides Bernal na cadeira por determinação judicial, a gestão do prefeito é pra lá de sofrível. Na verdade, é uma completa falta de gestão, por isso o in (prefixo que significa oposição ao sentido da palavra), para sintetizar a completa inoperância na área de saúde, educação, manutenção de vias e em toda a administração pública.

Não é de hoje o problema. No começo de sua administração, só funcionava o que poderia render $$$ aos seus bolsos, como a CPI da Inadimplência da Câmara municipal demonstrou após investigação árdua ao acatar a denúncia do Ministério Público Federal, construído a partir de relatório da Controladoria-Geral da União.

O tempo passou, os problemas continuaram ou agravaram. Operação Tapa-buracos. O Brasil conheceu Campo Grande como a capital dos falsos tapa-buracos em suas ruas, para depois conhecer a Cidade Morena como a capital dos buracos. Eram tantos, que piadas e memes nas redes sociais não paravam. A imprensa recheou seus noticiários com imagens de crateras pelas ruas.

Agora, cinco anos depois da última concorrência e quase no fim de seu mandato, a prefeitura de Campo Grande abriu licitação para contratar novas empresas para realizarem os trabalhos de tapa-buracos. Este edital de abertura era aguardado desde o ano passado, quando vieram a público as denúncias de irregularidades nos trabalhos.

Se andar de carro ficou difícil e arriscado, no transporte coletivo público a ineficiência não permitiu até o momento a liberação de R$ 180 milhões do Governo federal para renovar um sistema que já foi considerado modelo para o Brasil, nos mesmos parâmetros do sistema de transporte coletivo de Curitiba, que até hoje é considerado o melhor do país. Completo abandono!!

Se não bastassem estes problemas para os campo-grandenses, o prefeito tenta arrumar outros para prejudicar ainda mais a quem deve prestar contas: o cidadão. A última foi criar empecilhos para a Caravana da Saúde em Campo Grande. Um projeto do Governo do Estado que atendeu milhares de pessoas em várias cidades do Estado e agilizou atendimentos médicos.

A menos de um mês da realização da Caravana da Saúde na capital, entre 14 e 28 de maio no Pavilhão Albano Franco, a proposta sofre resistência do Conselho Municipal de Saúde, entidade que tem seguido as decisões do prefeito desde o ano passado.

O colegiado pediu ao Ministério Público Federal (MPF) que o evento não seja realizado até que a administração estadual apresente a documentação que comprove o rito processual da realização. Documento do rito de realização?? Piada, só pode ser piada!!
Fica nítida a clara intenção de barrar um projeto social importante por causa do ofuscamento que vai causar na administração de Bernal.

Outra frente do desserviço de Bernal ao povo da Cidade Morena é a tentativa de impor barreiras ao plano do governo de Mato Grosso do Sul de entregar, ainda neste ano, a administração do Hospital Regional para uma Organização Social de Saúde.

Inconformado por ser o gestor pleno dos recursos federais, estaduais e municipais aplicados no setor dentro de seu território, o prefeito não permite que o atendimento médico-hospitalar seja descentralizado e ofereça qualidade. Numa comparação simples, vai ficar evidente a diferença entre um atendimento e o outro. É isso que Bernal teme.

A saúde de qualidade é um direito do cidadão!! Bernal faça sua parte para os serviços públicos funcionarem, enquanto ainda está na prefeitura. É um dever, uma obrigação sua com os moradores de Campo Grande.

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