“Eu sou o prefeito, eu comando o Município”, foi assim que o prefeito de Campo Grande, Alcides Bernal (PP), que retornou ao cargo há sete dias uteis, como ele mesmo lembrou, respondeu quando foi questionado sobre a nomeação do restante do secretariado de primeiro e segundo escalão. Inicialmente, ele havia garantido que até ontem (8) anunciaria ao menos o interino da pasta de Educação, fato que não ocorreu.
O progressista explicou que foi impedido pelos problemas constatados na última terça-feira como a suspensão da coleta do lixo e a constatação de merenda vencida. Mesmo assim, ele garante que o andamento da Capital não está comprometido por conta da falta de secretários. “Não é a ausência ou presença de um secretário que vai fazer a administração parar. A cidade tem prefeito, procurador e secretário de Governo”, repetiu.
Os titulares da Procuradoria-Geral do Município e secretaria de Governo e Relações Institucionais são Denir Nantes e Paulo Pedra, respectivamente. Para não deixar a máquina pública parar, Bernal conta com 22 mil servidores, entre eles técnicos. “E cada um deles está em uma pasta com sua função, seu objetivo. Tem médicos nos postos, tem professores em sala de aula, os serviços básicos não serão interrompidos”, explicou.
Em relação aos problemas com a coleta de lixo e falta de merenda, além dos alimentos vencidos, o chefe do Executivo os credita ao ex-prefeito da cidade, Gilmar Olarte (PP). Sem citar nomes, ele aproveitou agenda que sancionou lei voltada à educação para alfinetar o ex-colega. “O ex-gestor está perambulando por aí, influenciando. Estamos enfrentando os mesmos problemas da primeira vez com merenda e lixo”, disse.