‘Elas que davam dinheiro’, afirma suspeito do golpe do casamento

O policial militar de 25 anos, suspeito de aplicar o 'golpe do casamento', se apresentou à Polícia Civil nesta sexta-feira (20), em Campo Grande. Ao G1, o delegado Miguel Said, adjunto da 1ª Delegacia, disse que ele prestou depoimento e culpou as três vítimas pelo prejuízo de cerca de R$ 200 mil.

“Ele se manteve a maioria do tempo calado, todas as vezes em que foi questionado, assim como a sua advogada, que disse que ele falará somente em juízo. No entanto, o jovem comentou que não pediu nada as mulheres e que elas davam dinheiro porque quiseram, sem a sua exigência”, afirmou Said.

Durante as investigações, a terceira vítima registrou queixa e descobriu que o suspeito já possuía um antecedente por estelionato em 2011. O crime, na época, foi registrado na Delegacia Especializada de Repressão a Crimes de Defraudações e Falsificações (Dedfaz).

“Ele foi indiciado pelo tripo estelionato e a pena será calculada considerando cada um dos crimes. As vítimas, de 30, 31 e 42 anos, disseram que o suspeito não trabalhava e vivia somente de aplicar os golpes”, explicou o delegado.

Entenda o caso
Em quatro meses e quase ao mesmo tempo, conforme a Polícia Civil, o rapaz iludiu três mulheres, iniciando um namoro e dizendo que casaria com todas elas. No entanto, ele informava que precisava resolver algumas pendências, problemas financeiros e então pedia dinheiro emprestado para as vítimas, de acordo com o delegado.

No dia 9 de janeiro, um familiar do suspeito compareceu na delegacia. Em conversa informal com o delegado, a pessoa confirmou o golpe e deu detalhes relevantes para a investigação. Da primeira vítima, ele teria conseguido R$ 100 mil. Já da segunda R$ 50 mil e da terceira cerca de R$ 40 mil.

A pena para este crime varia de um a cinco anos de reclusão e multa.

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