Drone radioativo pousa na cobertura do primeiro-ministro japonês

Um drone marcado com símbolo radioativo pousou na cobertura do edifício onde fica a residência oficial do primeiro-ministro japonês, Shinzo Abe, em Tóquio, nesta quarta-feira (22). O aeromodelo apresentava sinais "minúsculos" de radiação, em quantidade insuficiente para causar prejuízos a humanos, disse um porta-voz do governo.

O governo japonês informou que abrirá uma investigação sobre o incidente e poderá considerar uma nova regulamentação para drones. A polícia também está investigando o ocorrido, disse o chefe de gabinete Yoshihide Suga.
              
O drone, que possui cerca de 50 centímetros de diâmetro, carregava uma pequena câmera, uma garrafa de água e um sinalizador luminoso. Não foram encontrados explosivos no equipamento.

Encontrado por um integrante da segurança pessoal do primeiro-ministro, o drone possui características compatíveis com modelos facilmente encontrados para compra na internet.

Shinzo Abe está na Indonésia para atender à Conferência Ásia-Africa.

Ainda não está claro quem enviou o drone ou o motivo do itinerário. Mas nesta quarta (22) um tribunal japonês rejeitou o pedido de residentes contra a reativação de uma usina nuclear no sudoeste do Japão. A decisão da justiça descartava as preocupações com a segurança da energia nuclear na sequência do desastre radioativo de Fukushima, em 2011.

Imagens aéreas da cena do pouso do drone mostravam o dispositivo coberto com papelão e, mais tarde, com uma lona azul. Dezenas de policiais foram vistos removendo o drone do local. Inicialmente, não há registros de feridos.

Casos similares
Em janeiro deste ano, um drone semelhante pilotado por um civil caiu no jardim da Casa Branca, em Washington. O homem, que fazia uso reacreativo do aparelho, se apresentou às autoridades para assumir a responsabilidade pelo ocorrido.

Por sua parte, a França sofreu nos últimos meses vários casos de observação de drones em zonas de acesso restrito. As autoridades confirmaram nesse período cerca de 60 'sobreevos' deste tipo em usinas nucleares, bases militares e embaixadas.

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