Delegado diz que alta cúpula da PM chegou antes dele na casa da tenente-coronel acusada de matar major

O delegado Cláudio Graziano Zotto, que na época era adjunto da 7ª Delegacia de Polícia de Campo Grande, disse na audiência desta terça-feira (21) sobre o caso da tenente-coronel da Polícia Militar Itamara Romeiro Nogueira acusada de matar o marido major Valdeni Lopes Nogueira, no dia 11 de julho de 2016, que a alta cúpula da PM já estava na residência quando chegou ao local.

Segundo Zotto, o major também tinha sido socorrido pelos bombeiros. O delegado afirmou que deixou para fazer perícia do local no dia seguinte e deixou casa lacrada. Naquele momento ele optou ir para delegacia fazer a prisão em flagrante de Itamara. Zotto disse que a casa estava da mesma maneira que deixou quando voltou para fazer perícia.

Outra testemunha foi uma colega de trabalho do casal, tenente-coronel Neidy Nunes Barbosa. Por causa da ligação que tinha com a suspeita, ela acompanhou Itamara ao hospital, enquanto o marido foi com o major para outra unidade de saúde. Ela foi a responsável por dar a notícia da morte.

Neidy disse que viu lesões no pescoço, punhos e testa de Itamara, logo depois do crime. Outra informação repassada ao juiz da 2ª Vara do Tribunal do Júri foi de que o major não havia gostado da promoção da mulher a tenente-coronel. De acordo com a policial, o casal havia disputado a promoção no mesmo concurso e Itamara foi promovida por meritocracia.

Estavam na lista de testemunhas nove pessoas, a maioria colegas de trabalho do casal. O magistrado também ouviu a acusada que disse ter agido em legítima defesa por violência doméstica ao atirar contra o marido com uma pistola .40. A vítima estava dentro do carro.

O Ministério Público do Estado (MPE) defende a tese de que a tenente-coronel premeditou o crime ao atirar pelas costas da vítima, entre outros fatores. O juiz vai analisar os depoimentos e decidir se Itamara vai a júri popular.

Atualmente, a tenente-coronel trabalha no setor adminitrativo do Tribunal de Justiça de Mato Grosso do Sul (TJ-MS). Ela chegou a ficar presa no Presídio Militar.

Entenda o caso

Na época do crime, a defesa de Itamara disse que tudo começou com uma briga do casal que iria viajar no dia 13 de julho para comemorar os 15 anos de casamento e tentar resolver problemas familiares, mas começou a discutir porque o major disse que não iria mais e ela deveria ir sozinha.

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