Defesa alega que denúncias contra prefeito Gilmar Olarte são ‘infundadas’

A defesa do prefeito de Campo Grande, Gilmar Olarte (PP), afirmou que as denúncias de corrupção passiva e lavagem de dinheiro, feitas pelo Ministério Público Estadual (MPE), são “infundadas”. Nesta terça-feira (10), o advogado do pepista, Jail Azambuja, declarou que não há provas do envolvimento dele nos crimes.

Outras duas pessoas, entre elas um ex-assessor da prefeitura, foram acusadas. O advogado de Olarte, disse ainda que as denúncias foram feitas por pessoas ligadas ao ex-prefeito da capital sul-mato-grossense, Alcides Bernal (PP), cassado pela Câmara de Vereadores.

Na sexta-feira (6), o Tribunal de Justiça de Mato Grosso do Sul divulgou o teor da ação penal proposta pelo MPE contra Olarte.

De acordo com o processo, a investigação, feita pelo Grupo de Atuação Especial de Combate ao Crime Organizado (Gaeco), começou após denúncia de agiota que teria emprestado dinheiro aos suspeitos.

O advogado explicou que o ex-assessor da prefeitura, que também foi denunciado, “utilizou-se do nome de Olarte, que na época era ex-prefeito, para trocar cheques e fazer empréstimos”. Ainda segundo Azambuja, o suspeito chegou a usar o nome do pepista para prometer “vantagens” às pessoas das quais ele emprestava dinheiro.

De acordo com a defesa, os cheques anexados na ação penal somam aproximadamente R$ 850 mil.

Investigação
As investigações, feitas pelo Gaeco, começaram em 2014 após denúncias de agiota que teria emprestado dinheiro aos suspeitos. Os valores, segundo a investigação, teriam sido usados para “compra de vereador”.

Em abril de 2014, durante uma operação, o Gaeco cumpriu um mandado de busca e apreensão na casa do prefeito Gilmar Olarte e apreendeu vários documentos. Na ocasião, dois guardas municipais, que faziam a segurança na residência dele, foram presos por porte ilegal de armas.

O ex-assessor da prefeitura de Campo Grande foi preso em São Paulo durante a operação. Ele foi solto alguns dias depois, após prestar depoimento.

Além de Olarte e do ex-assessor, diversas pessoas foram ouvidas. Entre elas, os vereadores Otávio Trad, Flávio César e Eduardo Romero, todos do PT do B. Na época, o advogado que representa os parlamentares, Valdir Custódio da Silva, afirmou que os clientes dele foram ouvidos como testemunhas e não como investigados.

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