Até o fim da tarde de ontem equipe da Força Nacional aguardava comunicado oficial para cumprir a liminar que determina a reintegração de posse de quatro fazendas ocupadas por índios guarani-caiová, em Antônio João, fronteira de Mato Grosso do Sul com o Paraguai. Fazendeiros da região acompanhavam o caso da sede do sindicato rural da cidade, onde promoveram reuniões.
Nas fazendas em questão um índio foi assassinado há três semanas num suposto confronto com os fazendeiros, com um tiro no rosto.
O prazo para efetivar o mandado emitido uma semana atrás por juiz federal de Ponta Porã expirava ontem. Os índios, perturbados com a ideia da desocupação, disseram que, mesmo com forças federais no local estão dispostos a enfrentá-los.
Aos arredores das quatro fazendas ainda invadidas, era intensa a mobilização militar ontem o dia todo. Ao menos seis viaturas da Força Nacional montaram uma base em frente à sede da fazenda Fronteira, ocupada há um mês. Da entrada da cidade de Antônio João até dentro das fazendas ocupadas havia guarnições do Exército circulando.
