Na próxima semana, os partidos vão indicar os integrantes para a CPI da Petrobras na Câmara dos Deputados. A comissão de inquérito foi criada nesta quinta-feira (5) após o presidente da Casa, Eduardo Cunha, ler em Plenário o ato de criação do colegiado. Mas, de acordo com o presidente da Câmara, a CPI só deve começar os trabalhos depois do carnaval.
O colegiado será formado por 26 deputados e igual número de suplentes, além de um parlamentar atendendo ao rodízio entre os partidos. Cabe ao maior bloco, liderado pelo PMDB, indicar o cargo de sua preferência. Esses parlamentares terão direito a 11 vagas na CPI. O segundo maior bloco, que é liderado pelo PT, deve indicar 8 deputados. O terceiro bloco, onde está o PSDB, terá 6 representantes e o PDT e o PSOL, cada um, terá uma vaga.
O presidente da Casa, que é do PMDB disse que o partido deve optar pela presidência ou relatoria da comissão. Mas a distribuição dos cargos deve gerar polêmica. O líder do DEM, Mendonça Filho, já avisou que o partido, que está no bloco do PMDB, vai disputar os cargos.
O PT, que é o maior partido da Casa, também deve entrar na disputa pela presidência ou relatoria, já que forma o segundo maior bloco. O vice-líder, Afonso Florence, afirma que a bancada vai buscar espaço na CPI e acredita que as novas investigações da Polícia Federal devem ajudar
No Senado, a oposição já se articula para criar uma CPI Mista da Petrobras. O líder do PSDB, Cássio Cunha Lima, disse que na próxima semana deve conseguir o número de assinaturas necessário para criar a comissão formada por deputados e senadores. De acordo com o Regimento, é preciso obter 27 assinaturas de senadores e 171 de deputados.