De acordo com a Polícia Rodoviária Federal (PRF), na tarde de hoje, policiais abordaram um veículo particular onde estavam Battisti e outros dois passageiros.
Eles portavam uma quantia significativa em moeda estrangeira e, por se tratar de região de fronteira, os policiais rodoviários federais comunicaram a Polícia Federal, que realizou o acompanhamento do veículo até a fronteira entre Brasil e Bolívia.
O italiano foi detido no momento em que tentava sair do Brasil em um táxi boliviano. Ele foi encaminhado à Delegacia da PF em Corumbá, onde presta esclarecimentos. Não foi divulgado se ele deve permanecer detido depois da oitiva que é realizada.
O crime de evasão de divisas se configura quando uma pessoa envia valores para o exterior sem a devida declaração a autoridade competente.
CONDENAÇÃO
O italiano foi condenado em seu país a prisão perpétua por quatro assassinatos nos anos 70, quando integrava o partido Proletário Armados para o Comunismo, grupo de extrema esquerda.
Cesare Battisti fugiu da Itália e, em 2004, veio para o Brasil. Foi preso em 2007 e, em 2009, o Supremo Tribunal Federal (STF) autorizou a extradição, que foi negada pelo ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva em 2010, no último dia de seu governo.
Defesa de Battisti informou que há várias tentativas ilegais de remetê-lo para o exterior. Na semana passada, os advogados entraram com pedido de habeas corpus no STF para tentar impedir eventual extradição, deportação ou expulsão do Brasil.
Em 2015, Battisti se casou com uma brasileira e o casal tem um filho, que segundo a defesa, “depende econômica e afetivamente dele, o que impede sua expulsão”.