Com redução da mortalidade infantil, Capital contribui com Objetivos do Milênio

Com a redução na mortalidade infantil, Campo Grande alcança a menor taxa da história em mortalidade infantil, com registro de 8,55 para cada mil nascidos vivos, uma redução de cinco pontos em relação à taxa de 13,56% registrada em 2005, equiparando-se a resultados alcançados somente nas cidades do sul do país. Com isso, além dos números positivos para a Capital, as ações da prefeitura estão contribuindo para que o Brasil alcance o 4º e o 5º Objetivos do Milênio, que consistem em reduzir esses índices de mortalidade, estabelecidos pela ONU (Organiuzação das Nações Unidas).

A diretora de Vigilância em Saúde da Sesau, Ana Paula Rezende, fala como os números foram registrados. “Esses dados, gerados pelo SIM (Sistema de Informação da Mortalidade – do Ministério da Saúde) e Intranet (sistema de informação utilizado pela rede pública de saúde), são um indicador sensível quanto às condições sociais e de qualidade de vida da população, refletindo vários aspectos como a assistência médica, estruturas das unidades de saúde, condições socioeconômicas, entre outros dados”, explica. 

Ana Paula complementa enaltecendo ainda que “se conseguimos reduzir esse número para um dígito, significa que conseguimos ampliar a assistência em saúde e que estamos no caminho certo e promovendo acesso à saúde de qualidade, com resultado na prevenção”, disse.

Para a coordenadora de Atenção Básica da Sesau, Margarete Ricci, na mortalidade materna o desafio é ainda maior, considerando que durante anos as taxas foram bastante elevadas. “No entanto, Campo Grande vem investindo em ações nas áreas de saúde da criança e da mulher gestante, dentre elas destacam-se a estratégia das agentes acolhedoras e a Rede Cegonha”, completa Margarete.

Trabalho diário

As agentes acolhedoras são servidoras da Sesau que, diariamente, visitam as maternidades com o objetivo de prestar orientações relacionadas aos cuidados com a mãe e o bebê após a alta do hospital, além de agendar uma consulta ou visita domiciliar junto às unidades de atenção básica próxima à residência, até sete dias da data do parto. 

Ainda segundo Margarete, essa estratégia garante o acompanhamento do serviço de saúde, prevenindo intercorrências e assegurando ações de promoção e proteção à saúde da mulher e do bebê. 

Já a Rede Cegonha é um pacote de ações para garantir um atendimento de qualidade, seguro e humanizado para todas as mulheres. “O trabalho busca oferecer assistência desde o planejamento familiar, passa pelos momentos da confirmação da gravidez, do pré-natal, pelo parto, pelos 42 dias pós-parto (puerpério), cobrindo até os dois primeiros anos de vida da criança. Tudo dentro do Sistema Único de Saúde (SUS)”, explica a coordenadora de Atenção Básica, sobre a assistência oferecida pela rede. 

Na capital, 72% das gestantes iniciaram o pré-natal precocemente, ou seja, antes do quarto mês de gestação. Pelo menos, 70% realizaram no mínimo sete ou mais consultas de pré-natal, com realização dos exames necessários. 

Em todas as unidades são ofertados testes rápidos para diagnóstico precoce de gravidez, HIV e sífilis para que o tratamento ocorra em tempo oportuno, assim como orientação e oferta de métodos contraceptivos, que são recursos fundamentais para garantir o planejamento familiar.

Objetivos do Milênio

Em 2000, a ONU (Organização das Nações Unidas), ao analisar os maiores problemas mundiais, estabeleceu 8 Objetivos do Milênio – ODM, que no Brasil são chamados de 8 Jeitos de Mudar o Mundo – que devem ser atingidos por todos os países até 2015. A redução da mortalidade infantil em dois terços se classifica como o 4º Objetivo e Melhorar a Saúde das Gestantes é o 5º Objetivo e tem como meta reduzir a mortalidade materna em três quartos

Fonte/Autor: Cibele Sodré 

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