A drogaria São Bento, com mais de 66 anos de atuação em Mato Grosso do Sul, pediu recuperação judicial devido a uma crise financeira e por não conseguir renegociar uma divida de R$ 73 milhões com bancos. A maior rede de farmácias do estado possui mais de 1,2 mil funcionários atualmente.
A concorrência de grandes redes de farmácias que se instalaram na Capital nos últimos anos aliada a crise financeira da empresa fizeram com que a família Buainain, proprietária da São Bento, pedisse ajuda judicial para recuperar as finanças da rede. Atualmente, são quase 100 lojas em municípios de Mato Grosso do Sul e Mato Grosso.
A recuperação judicial é um recurso legal que o empresário tem antes de pedir falência, o que seria a “última chance” que a Justiça concede as empresas que querem se recuperar financeiramente. De acordo com o assessor jurídico, Euclides Ribeiro, da ERS advocacia, a partir de agora a empresa tem 180 dias para negociar com os bancos.
Euclides explica que demissões não estão previstas e que a intenção do grupo é de se recuperar e ampliar a marca. A rede São Bento tem faturamento anual de R$ 180 milhões e atribui a recuperação judicial as altas taxas de juros praticadas pelos bancos.
De acordo com a Lei Federal 11.101/2005, a recuperação judicial tem como objetivo permitir que a empresa supere a situação de crise econômico-financeira, buscando evitar a falência. Porém, nesse processo a empresa precisa cumprir religiosamente com suas dívidas, sem atrasar os pagamentos.
O presidente da rede São Bento, Luis Fernando Buainain confirmou a situação mas não quis se manifestar sobre o assunto.