Catadores passam fome com fechamento de lixão

Os catadores de resíduos sólidos pedem para a Prefeitura Municipal de Campo Grande reabrir o lixão para os trabalhadores conseguirem pagar as contas mensais e comprar alimentos. A situação está crítica no local.
 
Ronaldo Leão, 30 anos, tem quatro filhos e está passando necessidade. "Moro no Dom Antonio Barbosa há 16 anos e trabalho no lixão há 15 anos. Nunca fiquei desempregado, ganhava R$ 600 por semana. Fiz o curso com a Funsat e não tem material na UTR (Unidade de Processamento de Resíduos Sólidos) para trabalhar".
 
Ronaldo ficou trabalhando na UTR durante três dias e ganhou R$ 20 por dia. "Tive que sair da UTR lá não tinha material. Lá tem 80 trabalhadores e devido o fechamento do lixão tem pouco material. tem trabalhador que está cumprindo horário e fica andando lá dentro".

Ronaldo mostra a geladeira vazia e armário de cozinha. "Os meus filhos estão sem leite. Ta difícil. Nunca deixei o meu filho passar necessidades. Não temos fralda. A minha mulher está grávida de quatro meses e precisa se alimentar bem. Não temos para onde correr".
 
O presidente do Centro de Defesa dos Direitos Humanos Marçal de Souza (CDDH), Paulo Ângelo de Souza, esteve no local e pediu para os catadores fazer o protesto em área que não atrapalhe o trânsito. "Eles tem que lutar pelo objetivo deles. Eles precisam de alimentos e emprego".
 
Rodrigo Leão Marques, 36 anos, mais conhecido como Carioca, explicou que participou das reuniões e teve somente brigas entre Solurb (Soluções Ambientais) e Prefeitura Municipal de Campo Grande . "Na tarde de ontem ( 22), a foi reunião travada e que não saia nenhuma resposta". Após a reunião de segunda-feira que será ás 10 horas no MPE os catadores pretende ir ás 14 horas no Ministério Público do Trabalho.  

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