Candidatos vão pedir dinheiro do eleitor para fazer campanha

A prisão do marqueteiro do PT, João Santana, e de grandes “figurões” de empreiteiras, acostumados a abastecer os cofres das campanhas políticas, reorganizou o modelo de financiamento nesta eleição. Também sem poder “passar o chapéu” pelas empresas, alguns candidatos vão apelar para o eleitor, nos moldes do que acontece na campanha eleitoral de países como os Estados Unidos. O desafio, admitem, é convencer a sociedade civil a doar dinheiro para a política. Aí entrarão as redes sociais, que devem ser o principal meio de comunicação entre eleitor e candidato neste ano.

“Esse será o meu primeiro desafio: conseguir dinheiro. Acredito que serei o primeiro candidato que terá como primeiro ato de campanha pedir abertamente dinheiro para o eleitor”, diz o servidor público Vinicius de Siqueira, que, pela primeira vez, vai tentar uma cadeira na Câmara Municipal de Campo Grande. 

No caso dele, a estratégia para manter a campanha é conquistar os doadores individuais e, como última alternativa, colocar a mão no bolso. “Vamos pedir, sem pudor. Existe doação mais genuína do que um apoiador que te doa R$ 5, R$ 10? A ideia é justamente obter pequenos valores, para depois não ‘ficar na mão’ do doador, como acontecia quando as grandes empresas podiam financiar as campanhas, com interesses escusos”, explica. 

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