Delação premiada de Gilmar Olarte (Pros), conforme o prefeito Alcides Bernal (PP), pode desvendar uso de recursos públicos em campanha eleitoral há dois anos. A possibilidade de entrega de nomes compõe estratégia da defesa do ex-vice-prefeito, que renunciou hoje e está preso há 24 dias.
“É importante que toda a sociedade esteja alerta para estas movimentações e [o prefeito] espera que Olarte faça a delação premiada”, pontuou em nota à imprensa. “Há até mesmo informações circulando de que recursos municipais foram utilizados para bancar campanhas eleitorais em 2014”.
Para Bernal, renúncia anunciada hoje pelo desafeto político tem “extrema gravidade” por se tratar de tentativa de liberdade, depois de sua prisão na Operação Pecúnia em 15 de agosto. Por outro lado, concessões seriam bem-vindas com entrega de nomes envolvidos em corrupção.
Mantido no cargo por liminar, desde agosto do ano passado, Bernal ainda fez questão de lembrar que seu atual sucessor foi denunciado pelo Ministério Público Estadual por corrupção passiva. Isso porque o presidente da Câmara Municipal, João Rocha (PSDB), assumiria a prefeitura no caso de novo afastamento.
Confira íntegra da nota:
Sobre a renuncia de Gilmar Olarte, o prefeito Alcides Bernal vê o fato com extrema gravidade, pois aparenta ser uma tentativa de obter liberdade, em troca de concessões.
Hoje, com esta renuncia, o sucessor imediato do prefeito é o presidente da Câmara Municipal, que é do PSDB e foi um dos denunciados pelo Ministério Público Estadual à Justiça por corrupção passiva, no crime praticado contra Campo Grande e que foi investigado e constatado pelo Gaeco, tendo como provas, gravações obtidas por meio de escutas autorizadas pelo judiciário.
O prefeito Alcides Bernal considera que é importante que toda a sociedade esteja alerta para estas movimentações e espera que Olarte faça a delação premiada, como foi divulgado por alguns órgãos de imprensa, contando como foi que quebraram Campo Grande e principalmente quem foram os beneficiados por esse crime, uma vez que há até mesmo informações circulando de que recursos municipais foram utilizados para bancar campanhas eleitorais em 2014.