Bernal não consegue administrar e “Campo Grande pode parar”

Os servidores municipais de Campo Grande ameaçam paralisar a maioria dos serviços públicos se não conquistarem uma proposta melhor de reajuste salarial. Eles estão revoltados com o índice de 2,79%, que o prefeito Alcides Bernal (PP) alega ser o máximo que pode conceder, garantem que a cidade pode parar se todas as classes resolverem entrar em greve. Fato este que não está muito difícil de acontecer, já que nenhum sindicato descarta esta possibilidade.

Na tarde de ontem (6), na sede da ACP (Sindicato Campo-grandense dos Profissionais da Educação Pública), representantes de oito sindicatos se reuniram para discutir quais os próximos encaminhamentos perante a decisão, já que o resultado os frustrou ainda mais que o índice anteriormente proposto.
 
As categorias ainda devem se reunir separadamente em assembleias próprias, na segunda-feira (9), mas admitem que são grandes as chances de se organizarem em uma greve única, unindo todos os trabalhadores. 

O caos entre prefeitura e os servidores municipais piorou após a Câmara Municipal rejeitar o projeto de reajuste em 9,57% percentual dos servidores. Todas as entidades, além do Sisem (Sindicato dos Servidores e Funcionários Municipais de Campo Grande), que já está em greve, não descartam a possibilidade de paralisações.

Segundo o presidente da ACP, Lucílio Souza Nobre, 'Campo Grande pode parar'. "Vamos ver o que os esducadores pensam, tudo será resolvido em uma assembleia geral. São muitas classes descontentes com o novo reajuste poderá sim ter greve e sem servidor a cidade vai parar", adiantou.

Já para o presidente do Sisem, Marcos Tabosa, a greve da categoria ainda não tem data para acabar. Os administrativos dos Ceinfs (Centro de Educação Infantil) completam uma semana de paralisação dos funcionários. Tabosa diz estar inconformado com o novo reajuste oferecido pela prefeitura, além de chamar Bernal de 'dissimulado'.

"O Bernal é um dissimulado, um mentiroso e está desrespeitando o servidor. Ele pensa que somos burros, que vivemos no século passado, esquece que hoje podemos ver tudo pela internet. O que ele está fazendo com os servidores é uma falta de respeito, ontem, oito sindicatos de várias classes estavam revoltadas. Os engenheiros, arquitetos, radiologistas, tecnólogos, dos professores, fiscalizadores, guardas municipais e enfermeiros, vão fazer assembleias  e também vão decidir sobre a greve. O impacto dessas greves não vai fazer radical, vai muito radical", salientou.

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