Fazer atividade física, passear, encontrar os amigos e até mesmo tomar um tereré, é praticamente o que quase todo campo-grandense busca nos parques da cidade. O problema é quando os locais ficam esquecidos, não são revitalizados e já não trazem segurança para os frequentadores.
Um exemplo de abandono é o Parque Ecológico do Sóter, localizado na região norte de Campo Grande. Inaugurado em 2004, o espaço já não está quase nada parecido como era há cerca de dez anos. A pista de caminhada com buracos, em determinados pontos elas até 'sumiram' com o passar do tempo, lixo acumulado, banheiros interditados e a presença de vândalos, são apenas alguns dos problemas existentes no local.
Algumas pessoas preferem fazer suas atividades físicas ao redor do parque, que também está com a pista de caminhada bastante danificada. José Eduardo Cabalcante, 42, mora próximo ao Sóter, se lembra de quando ele foi inaugurado e, também, como foi tudo piorando com o passar dos anos pela falta de manutenção.
"Se a pessoa faz a caminhada distraída, sem ficar olhando para o chão, pode cair. Crianças que andam de bicicleta também. Afinal, nada que os políticos fazem saem do bolso deles, somos todos nós que pagamos impostos, então, não é favor e sim obrigação", relata.
Pichações estão espalhadas pelo parque e, mesmo com a presença de guardas municipais, os vândalos não se inibem e estragam o local. A gerente de loja Carla Petarim, 51, conta que as duas filhas costumavam frequentar o parque, gostavam de reunir os amigos para tomar tereré, mas os passeios foram reduzidos já que os banheiros estão interditados.
"Não tem condições usar o banheiro por aqui, as portas estão arrombadas, os vidros quebrados, tudo sujo, um verdadeiro horror. Antigamente gostava, era diversão, agora, até lixo acumulado tem aqui. Sem contar as madeiras da ponte que estão sem parafusos, tenho medo daquilo desabar", adianta a mulher.
A equipe de reportagem tentou entrar em contato com a Prefeitura Municipal de Campo Grande, com a intenção de informar a população sobre a data de uma possível reforma no parque, mas até o fechamento desta matéria, não obteve respostas.