Prevenção é uma das premissas para a promoção da saúde da população. Em busca dos melhores resultados, o município de Campo Grande mantém 93 equipes em 37 Unidades Básicas de Saúde da Família (UBSF), com atendimento a 38% da população. Este trabalho, é promovido pelo setor de Supervisão de Serviço de Estratégia de Saúde da Família, e Agente Comunitário de Saúde (Seffacs), da Secretaria Municipal de Saúde Pública (Sesau). Tem como objetivo reduzir a ocorrência de casos casos graves, que normalmente são encaminhados para as Unidades de Pronto Atendimento (UPAs) e para os Centros Regionais de Saúde 24 horas (CRS).
Cada Equipe de Saúde da Família é formada por 01 Médico da Estratégia Saúde da Família (Generalista), 02 Técnicos de Enfermagem, 01 Cirurgião Dentista, 01 Auxiliar de Consultório Dentário, 01 Enfermeiro e em média com 07 Agentes Comunitários de Saúde, conforme a definição da Portaria Ministerial.
Para a supervisora do Serviço de Estratégia de Saúde da Família e Agente comunitário da Saúde (Seffacs), Elivane Aparecida Oliveira Sandim, o trabalho de prevenção e promoção à saúde desenvolvido pelos profissionais das Equipes da Estratégia Saúde da Família tem efeito positivo sobre indicadores vitais como a mortalidade infantil, mortalidade global, mortalidade por cardiopatia isquêmica, mortalidade neonatal, expectativa de vida ao nascer e baixo peso ao nascer, considerando as mudanças e melhorias na qualidade de vida da população. “Desse modo, as complicações que necessitam de intervenção dos outros níveis de atenção à saúde, como os serviços de urgência (UPAs, CRS, Hospitais) são, em muitos casos, evitadas, ou reduzidas de forma significativa”, comenta
No bairro José Tavares, onde funciona a UBSF Fernando Arruda, são atendidas 2.700 famílias, num total aproximado de 10 mil pessoas. A gerente Francisca de Arruda Torres destaca que a Unidade de Saúde possui duas equipes de Atenção Básica e atende 15 micro-áreas. “Este trabalho é preventivo e evita as complicações graves para os pacientes. Fazemos acompanhamento para as gestantes, diabéticos, idosos e crianças. Todos com consultas agendadas de acordo com a necessidade do Paciente. Também fazemos acompanhamentos pós-operatórios, com nossa equipe indo até as residências”, completa Francisca Arruda.
Segundo o titular da Secretaria Municipal de Saúde, Jamal Salém, a Saúde da Família caracteriza-se como a porta de entrada do sistema de saúde e vem provocando um importante movimento de reorientação do modelo de atenção à saúde no SUS. “É um modelo dinamizador para a atenção básica no país. Aqui na Prefeitura temos como premissa na administração do prefeito Gilmar Olarte uma prática diferenciada, onde a equipe de saúde e a comunidade se relacionam, criando vínculos, objetivando a busca de resultados positivos nos indicadores de saúde e na qualidade de vida da população”.
A implantação de Equipes de Saúde da Família é a estratégia de organização da atenção básica no SUS, na busca de uma prática que garanta de forma efetiva a promoção e prevenção à saúde, a continuidade do cuidado, a integralidade da atenção e, em especial, a responsabilização pela saúde da população, através de ações permanentes, sendo a proposta para atendimento a essa região, prevista no Plano para a Expansão da Estratégia de Saúde da Família no município, com intuito de facilitar os princípios do acesso, buscando soluções para as necessidades apresentadas.
De acordo com o médico Maurício Ortiz Oraniz o trabalho de atenção básica do bairro Zé Tavares tem apoio dos acadêmicos de Medicina da Anhanguera/Uniderp. “São acadêmicos preparados que estão no último ano de medicina. Eles fazem o trabalho de Campo acompanhado dos profissionais da saúde.”.
Ortiz explica a rotina de trabalho das duas equipes de atenção básica do bairro Zé Tavares. “Primeiro o agente comunitário faz a visita ao paciente. Estudamos o caso, se for preciso, uma assistente social vai até a residência acompanhada de uma técnica de enfermagem e no último caso vai o médico. Este trabalho é um modelo para o bem estar o cidadão”, frisa o médico destacando o vinculo dos pacientes com os profissionais da saúde.
A técnica de Enfermagem Sueli de Fátima Silva trabalha há três anos na atenção básica. “Fazemos um trabalho diferenciado e exige muito nossa atenção. Este trabalho é humanizado e buscamos atender de melhor forma os pacientes”, afirma.
A dona de casa Dalvina Neves de, 60 anos, cuida da mãe Maria Neves de 84 anos, que recebe a atenção dos profissionais de saúde da UBS do bairro Zé Tavares. “Este trabalho dos médicos e enfermeiros é muito bom. Toda vez que preciso ligo para eles e o atendimento vem rápido”, elogia dona Dalvina.