Ataque terrorista em Paris deixa ao menos 12 mortos

Pelo menos doze pessoas morreram nesta terça-feira em um ataque a tiros no escritório em Paris da revista semanal satírica Charlie Hebdo, que foi alvo de ataque no passado após publicar charges com piadas sobre líderes muçulmanos. Entre os mortos estão dez jornalistas e dois policiais. Segundo a polícia, cinco feridos estão em estado grave e o número de vítimas fatais pode aumentar. O presidente François Hollande foi até a sede da revista e convocou uma reunião de crise no palácio presidencial para as 11h de Brasília. As autoridades também anunciaram que a região parisiense foi colocada em estado de alerta máximo. "Os autores do atentado serão processados. A França está diante de um choque. É um ataque terrorista, é sem dúvida", disse Hollande.

Rocco Contento, porta-voz da polícia Unité, disse que os terroristas entraram em um carro que os esperava para fugir. O carro foi conduzido até Port de Pantin, no nordeste de Paris, onde foi abandonado. Os terroristas então roubaram o carro de um motorista e seguem desaparecidos. A polícia francesa montou uma grande operação para localizar os agressores. Contento também disse que o escritório da Charlie Hebdo teve a proteção aumentada nas últimas semanas por causa de novas ameaças contra a revista.

O cartunista Charb, que desenhou uma charge de Maomé em 2013, é dos mortos, de acordo com o jornal Libération. Ele foi incluído na lista de procurados da Al-Qaeda após para a produção de caricaturas do profeta Maomé. Os cartunistas Cabu, Wolinski et Tignous também estão entre os mortos. Vincent Justin, um jornalista que trabalha em um edifício próximo à sede do Charlie Hebdo, afirmou que duas pessoas entraram na redação do semanário e começaram a atirar. De acordo com Justin, os autores do ataque gritavam a frase “vamos vingar o profeta”. O canal France Info informou que dois veículos estavam esperando para ajudar na fuga dos dois homens.

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