Um termo de cooperação foi assinado nesta quinta-feira (15) entre a Prefeitura Municipal de Campo Grande e o Exercito Brasileiro para reestruturação das Avenidas Bandeirantes, Marechal Deodoro, Brilhante e Guia Lopes. Embora a justificativa de economia seja reforçada pelo executivo, o próprio exército admite que, na prática, os valores gastos serão similares ao de contratação de empresas especializadas.
As obras estão orçadas em R$ 19,517 milhões e a previsão de entrega é de dois anos, ou, 468 dias úteis. Segundo o coronel Marcelo Guedon, comandante do 3° Batalhão de Engenharia, a maior vantagem na contratação seria através da economia na mão de obra dos soldados, que já é custeada pelo Ministério da Defesa.
Por outro lado, outros valores foram introduzidos ao contrato, de forma que o custo fica equiparado ao da contratação de empresas especializadas. Primeiro, conforme explicado durante assinatura do termo, é que os cerca de 240 homens que serão responsáveis pelas obras, são do Batalhão de Engenharia de Cuiabá, no Mato Grosso, e todas as despesas com transferência e manutenção dessa mão de obra, para permanência em Campo Grande, foram inclusas no contrato.
Outra questão que envolve o convênio, segundo explica o coronel Marcelo Guedon, é que os soldados não são especializados neste tipo de trabalho, o que demandará maior tempo para conclusão. “O fato dos soldados estarem em treinamento aumenta um pouco o tempo da obra. Isso é levado em consideração na hora do preço. Na prática, o valor do exército e de uma empresa é muito similar, já que a produtividade do exercito é mais baixa”, explicou.
Questionado sobre a necessidade de complementação com serviços terceirizados, o coronel explicou que algumas demandas não podem ser concluídas pelos soldados, e que realmente será necessária esse tipo de contratação. “ Na compra da massa asfáltica, na construção da estrutura de pontos de ônibus e na infraestrutura para implementação de sinalização e semáforos, o exécito vai ter que fazer uma licitação para adquirir”, completou.
Já para o prefeito de Campo Grande, Alcides Bernal (PP), a assinatura do convênio representa um “marco histórico para a cidade”. “ A assinatura deste convênio é um marco diante do momento em que estamos vivendo, de instabilidade financeira. Conseguir tirar isso do papel significa um importante avanço”, destacou.