Após racha, PMDB enfrenta desinteresse de lideranças na eleição em Campo Grande

O PMDB vive uma nova situação. Após briga para ver quem seria o candidato, hoje o partido sofre com o pouco caso das grandes lideranças. Puccinelli já avisou que não quer mais ser prefeito de Campo Grande e os senadores Simone Tebet e Waldemir Moka não pretendem abandonar o mandato em Brasília, ainda que possam continuar se forem derrotados.

O PMDB inicia hoje o ciclo rumo à eleição de 2016. Nesta segunda-feira (23), lideranças do partido se reúnem para começar a pensar nas eleições para prefeito e vereador. A intenção do partido é definir estratégias para tentar retomar o comando de Campo Grande e se manter como o partido com maior número de prefeituras.

O PMDB já foi o partido mais forte de Mato Grosso do Sul, mas nas últimas eleições mostrou que não tem a mesma força, com derrotas em Campo Grande, após 20 anos, e no Estado, quando Nelsinho Trad  não chegou nem ao segundo turno.

Nas últimas eleições o partido enfrentou polêmicas na escolha dos candidatos, seja em Campo Grande ou no Estado. Candidato de André Puccinelli (PMDB), Edson Giroto foi lançado na Capital, mas acabou sendo rejeitado até por lideranças do PMDB, que não fizeram campanha para ele. Depois foi a vez de Nelsinho bater o pé e lançar candidatura, mas o caminho foi ainda pior. Com o governo nas mãos, ele não conseguiu nem chegar ao segundo turno.

Além de não contar com lideranças consolidadas, o partido ainda enfrenta descontentamento de quem poderia ser esperança para voltar a comandar Campo Grande. O deputado Marquinhos Trad (PMDB), por exemplo, já anunciou que vai deixar o PMDB. Ele não acredita que terá apoio do partido para a campanha e está procurando outra sigla.

Com o não das principais lideranças, começa a se desenhar a candidatura do deputado federal Carlos Marun. Ele já tinha demonstrado intenção de se candidatar em 2012, mas foi abafado por Puccinelli, que tirou ele e Edil Albuquerque da jogada, anunciando, sem consultá-los, que eles estavam fora do páreo. Desta vez Marun terá um caminho mais fácil, visto que o partido enfrenta dificuldade para encontrar um candidato.

Além da dificuldade na disputa pelo cargo de prefeito em Campo Grande, o PMDB enfrenta descontentamento de vereadores. Paulo Siufi (PMDB) também anunciou que pode trocar de partido por falta de espaço. Outros vereadores como Magali Picarelli (PMDB) e Dr. Loester (PMDB) amargaram suplência por conta da coligação difícil. Agora eles querem acompanhar este processo de perto.

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