Ao fazer uma avaliação do seu primeiro de gestão, completado na sexta-feira, o prefeito Gilmar Olarte, avaliou como bastante positivo estes primeiros 12 meses, já que conseguiu colocar a casa ordem, pôs a máquina administrativa para funcionar, concluiu obras e agora a prioridade o início e a retomada de grandes obras estruturais, mesmo num cenário de dificuldades financeiras como o atual.
Mesmo assim, o prefeito está convencido que vai conseguir fazer quatro anos e dois de administração. Olarte lembra que já estão em andamento 92 quilômetros de pavimentação do PAC Qualificação de Vias Urbanas; a licitação do Parque Anhanduí, que estava parado desde 2007, e a finalização de empreendimentos como o Complexo Bálsamo, Parque Linear do Segredo e o macroanel viário.
“Vamos recuperar o tempo perdido e, para isso, precisamos do apoio, da parceria e da participação de todos. Não é hora de pensar em eleição, é hora de trabalharmos juntos e fazermos mais pela cidade de todos nós”, declara o prefeito.
POSSE
Em uma rápida retrospectiva de seu primeiro ano, o prefeito Gilmar Olarte lembra que assumiu em 13 de março de 2014, em meio a uma crise sem precedentes na história da Capital. “Eram 14 meses de inércia total, um déficit de R$ 285 milhões, obras todas paradas e uma total irresponsabilidade fiscal”. Ele diz que faltava remédio nos postos de saúde e merenda nos centros de educação infantil.
“Esse passado não pode ser esquecido. Arrumar a casa consumiu nossos esforços e nossos recursos em 2014. Como eu disse, trocamos o pneu do ônibus andando, porque a Capital não podia parar – e não parou”, ressalta.
RESULTADOS
Dentre os resultados contabilizados, o prefeito menciona as 5.200 casas, sendo 3.176 entregues e 2.030 em conclusão, “além de outras que estamos viabilizando”. Gilmar Olarte considera como “avanço”, o reassentamento das famílias da favela Portelinha e da Alta Tensão, com a construção dos residenciais José Macksoud, Ari Abussafi e Gregório Corrêa.
A criação da Secretaria Municipal de Políticas para as Mulheres e a primeira Casa da Mulher Brasileira do País deram projeção a Campo Grande na proteção às mulheres.
O prefeito disse que construiu e entregou seis Centros de Educação Infantil em nove meses, dobrando a média histórica da Capital que eram entre dois e três por ano. Com a retomada dos incentivos fiscais a cidade voltou a crescer – investimentos privados de R$1,2 bilhão e mais 3.560 empregos diretos. A segurança das pessoas aumentou com a criação da Secretaria de Segurança Pública.
Uma marca forte é o Centro Pediátrico Municipal, que funciona durante 24 horas e atendeu 28 mil procedimentos em apenas 45 dias. A política geral de saúde fez com que Campo Grande comemorasse em 2014 a menor taxa de mortalidade infantil de toda a história (8,55 por 1.000 nascidos vivos antes de um ano). Outro número positivo foi a menor razão de mortalidade materna (uma queda expressiva de 65,94 para 22 óbitos maternos por 100 mil nascidos vivos.
GRANDES OBRAS
Coerente com a garantia de que as grandes obras começam agora, o prefeito mencionou a primeira fase do PAC Pavimentação que implanta 92 km de asfalto e 35 km de drenagem em sete bairros da Capital – Mata do Jacinto, Altos S. Francisco, Sírio Libanês, Portal do Panamá, Belinatte, Seminário e Atlântico Sul. Em uma ação inédita e planejada junto com a Águas Guariroba, o esgoto chega na frente e evita-se o corte do asfalto para instalar a rede de esgoto.
O prefeito também diz que está “muito alegre” por ter conseguido tirar do papel o projeto do Parque Anhanduí, que se arrastava desde 2007. A obra inclui a canalização do rio , fim das enchentes, ciclovia, pista de caminhada e recapeamento em 8 km entre a Avenida Salgado Filho até a Avenida Campestre (Aero Rancho).
Olarte disse que a Caixa já autorizou a licitação do recapeamento dos primeiros corredores de transporte coletivo. O programa de mobilidade inclui quatro novos terminais de transbordo (Paraty, Tiradentes, São Francisco e Cafezais), a reforma dos atuais terminais, a instalação de 500 pontos de ônibus e 61 km de recapeamento de ruas e avenidas, dentre elas a Avenida Cônsul Assaf Trad, Avenida Bandeirantes, Rua Brilhante, Avenida Gury Marques, Avenida Marechal Deodoro, Rua Bahia, Coronel Antonino, Rua 25 de Dezembro, Avenida Mato Grosso, Rua Bahia, Avenida Costa e Silva.
Um projeto novo da Prefeitura é a obtenção de recursos do Banco de Desenvolvimento da América Latina (CAF) no total de US$ 70 milhões para executar mais 80 km de recapeamento das vias de Campo Grande.
A desapropriação de áreas para a conclusão das obras do Complexo Bálsamo que liga o anel rodoviário (Rita Vieira) à Avenida Guaicurus (Museu José Antônio Pereira), numa extensão de 12 quilômetros é outra conquista listada pelo prefeito.
OBRAS CONCLUÍDAS
Gilmar Olarte assinala que herdou dezenas de obras paralisadas há um ano ou mais. Nesse período, as empresas abandonaram os canteiros pediram recuperação judicial ou pleiteiam direitos na Justiça. “Mas, vamos concluir todas as obras paradas em 2015 e 2016”, garantiu. Uma das obras concluídas foi o recapeamento da Avenida Guaicurus, investimento de R$ 11 milhões.
Já foram concluídas duas UBSF (Paulo Machado e V. Fernanda) e, agora, serão aplicados R$ 14 milhões para concluir e entregar as três UPAs (Moreninha, Leblon e Santa Mônica) e concluir mais oito UBSFs neste ano: Paradiso, Presidente, V. Cox, Azaléia, Oliveira III, Zé Pereira, Ana Maria do Couto e Sírio Libanês.
Olarte explica que recebeu 25 Ceinfs parados, sendo que a Prefeitura concluiu seis (Bettaville, varandas do Campo, Moreninha IV, Oiti, S. Emília, Vida Nova) e tem nove deles com obras em andamento. Cada Ceinf custa por ano para a Prefeitura R$ 1,2 milhão, mas o prefeito garante que até o final de 2016 todos estarão “cheios de crianças”.