Alguns relatórios do Instituto Municipal de Previdência de Campo Grande (IMPCG) DE 2013 e 2014 apontam que a prefeitura se apropriou de dinheiro que deveria ser destinado ao pagamento de pensões e aposentadorias. Sem dinheiro o IMPCG, funcionários do município podem ficar sem recursos para aposentadoria em um breve espaço de tempo.
A prefeitura é questionada a respeito do rombo de R$ 109,7 milhões verificado nos cofres do IMPCG entre os anos de 2012 e 2016. Os dados foram demonstrados em sessão da Assembleia Legislativa. As receitas e despesas que estão disponíveis no site do IMPCG de 2013 e 2014, deixam perceptível valores discrepantes.
Entre 2012 e 2014, os relatórios apontam um aumento da contribuição do servidor, ao mesmo tempo que há uma redução na contribuição patronal, de R$ 75,3 milhões em 2013 para 60,3 milhões em 2014.
Entre os meses de outubro e novembro de 2013, é mais notória a diferença de valores. O relatório mostra que há uma redução de pouco mais de 4,6 milhões na contribuição dos servidores em exercício. Também foi verificada a redução patronal de R$ 4,1 milhões.
A contribuição dos servidores totalizava R$ 6 milhões em agosto de 2014, e, em setembro do mesmo ano, caiu para R$ 348 mil. Em outubro, o fundo recolheu apenas R$ 57,6 mil dos servidores.
Os dados discrepantes entre um mês e outro causam estranheza. “Esses números apontam indícios de apropriação indébita do dinheiro público, em razão dos valores terem caído bruscamente entre agosto e outubro de 2014”, afirmou o deputado David.
O deputado estadual criticou ainda o silêncio de Bernal. “As explicações contidas em notas publicadas nos Diograndes 4579 e 4606, a respeito do assunto, são meras bravatas e não possuem nenhuma técnica e nem resolutividade do grave problema que assola o futuro do servidor público”, conclui. A média de 7 milhões, relacionada a contribuição patronal, caiu para 450 mil em setembro, 73,9 mil em outubro e 31,5 em novembro.
O parlamentar também criticou a demora na divulgação do relatório de despesas e receitas do município. “A partir de setembro de 2014 a contribuição patronal teve queda e está obscura em relação ao que aconteceu a partir de 2015, uma vez que este relatório não está presente no Portal da Transparência”, salienta Coronel David.