Alerj cassa títulos de cidadão benemérito dados a ex-executivos da Petrobras

Envolvidos no escândalo da Petrobrás, os ex-executivos da empresa, Paulo Roberto Costa e Renato Duque perderam nesta quarta-feira os títulos de cidadão benemérito do estado, concedidos pela Assembleia Legislativa do Rio de Janeiro (Alerj). Autor do pedido de condecoração dos ex-diretores, o deputado estadual Gilberto Palmares (PT) foi quem solicitou a revogação dos títulos. A medida foi aprovada pelo plenário.  

O parlamentar apresentou a Resolução 1.238/2014, formalizando o pedido de revogação. Na sua justificativa, ele lembrou os recentes acontecimentos envolvendo os dois diretores e alegou que, por isso, "a homenagem não tem mais razão de ser". O projeto foi aprovado na sessão desta quarta-feira. 

O deputado também destacou que o pedido de concessão dos títulos aos dois, em 2008, foi para homenagear a Petrobras, que, na época, estava em voga. Em um trecho da resolução, ele diz que "Em 2008, a Petrobras vivia um de seus melhores momentos. Foi o ano em que se confirmou a descoberta de óleo leve na camada sub-sal e se extraiu, pela primeira vez, petróleo do pré-sal", lembrando que a Petrobras se firmava como "a maior incentivadora nacional, financiando importantes projetos culturais e sociais em todo o país"

Segundo Palmares, diante desse cenário, ele fez o pedido para homenagear a empresa na pessoa de seus principais diretores: Graça Foster e Guilherme Estrela, que receberam suas condecorações em cerimônias no Plenário Barbosa Lima Sobrinho. Já Paulo Roberto Costa e Renato Duque nunca receberam os títulos.

Ex-diretores são investigados na Operação Lava-Jato da PF

O ex-diretor de Serviços da Petrobras, Renato de Souza Duque, foi preso no dia 14 de novembro, na sétima fase da Operação Lava-Jato da Polícia Federal (PF). No entanto, no dia 3 de dezembro, ele deixou a carceragem da Superintendência da PF, em Curitiba. A revogação de sua prisão foi decidida pelo ministro do Supremo Tribunal Federal (STF) Teori Zavascki.

Já o ex-diretor de abastecimento da Petrobras, Paulo Roberto Costa, foi preso em abril, na primeira fase da Operação Lava-Jato. Porém, em 30 de setembro, ele teve o benefício d aprisão domicilar concedido pela 13ª Vara Federal Criminal de Curitiba (PR). 

A Operação Lava-Jato investiga um mega esquema de corrupção na empresa e os crimes de formação de quadrilha, formação de cartel para licitações, lavagem de dinheiro, fraudes em contratos e desvios milionários da empresa. 

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