Nesta terça-feira (26), os vereadores Cazuza (PP) e Luiza Ribeiro (PPS) quebraram o silencio sobre o mistério do futuro das obras paradas da prefeitura. Como integrantes da base, eles citaram para o jornal O Estado em entrevistas reservadas que Campo Grande não terá até o final do ano um cronograma para retomada dos empreendimentos travados.
De acordo com ambos, o motivo da medida diz respeito ao foco do executivo estar voltado a entregar as obras e na explicar como e quando elas serão entregues. Em audiência pública no mês de março o executivo havia se comprometido a elaborar um estudo do problema com informação de perspectivas inclusive sobre o que não daria para resolver em 2016.
“Não haverá cronograma e ele não tem essa obrigatoriedade. Isso não quer dizer que o destravamento das obras será prejudicado. O trabalho de termino dessas obras acontece e segue da maneira que burocracia permite. Não é uma luta no atacado e cada projeto exige grandes esforços da administração. Até o final do semestre pelo que sei há chances de entrega de mais um UPA, de reformas de UBSFs, de obras de asfalto e drenagem”, explica Luiza.
Ceinfs
Segundo ela, o mais difícil no enfrentamento das obras paradas é a solução para os quase trinta Ceinfs que ainda precisam de recursos do FNDE (Fundo Nacional de Desenvolvimento da Educação) para serem concluídos. “Os Ceinfs são um caso à parte e depende da chegada de recursos e de problemas burocráticos mais complicados. O prefeito trata essa questão com essa consciência e pretende entregar algumas dessas unidades até o final do ano” completa a vereadora. Cazuza também acusa a burocracia como principal obstáculo para o termino de todas as 151 obras paradas da prefeitura.
“A burocracia existe e cabe a prefeitura com o trabalho e vontade politica acelerar o que for possível. O convenio com o exército esta avançando para que no recapeamento das avenidas Bandeirantes e Marechal Deodoro possam ocorrer com um custo menor para o executivo. O Bernal inaugura na sua gestão três UPAs então a população reconhece esse esforço”, destaca Cazuza.
Sem surpresa
Presidente da Comissão de obras, o vereador Chiquinho Telles diz que a negativa da prefeitura em apresentar um cronograma não se trata de uma surpresa. De acordo com ele, a opção do executivo é baseada em politica eleitoral. “Sempre com alguma desculpa e fazendo o tempo passar, ate que chegue logo a campanha e diga que não deu para fazer. Não existe nenhuma obra significativa na saúde e na educação com a digital dele e aquilo que tem ligação com o prefeito anterior ele barra”, critica.
