A proliferação da corrupção e o cheiro de verde oliva

A corrupção é o efeito ou ato de corromper alguém ou algo, com a finalidade de obter vantagens em relação aos outros por meios considerados ilegais ou ilícitos. Etimologicamente, o termo "corrupção" surgiu a partir do latim corruptus, que significa o "ato de quebrar aos pedaços", ou seja, decompor e deteriorar algo. 

A ação de corromper pode ser entendida também como o resultado de subornar, dando dinheiro ou presentes para alguém em troca de benefícios especiais de interesse próprio. A corrupção é um meio ilegal de se conseguir algo, sendo considerado grave crime em alguns países. Normalmente, a prática da corrupção está relacionada com a baixa instrução política da sociedade, que muitas vezes compactua com os sistemas corruptos. Parece que em nosso país a corrupção está institucionalizada. 

Os noticiários das variadas mídias gastam 1/4 de seus tempos jornalísticos falando ou escrevendo sobre corrupção, corruptos, delatados e delatores em nosso país. Os corruptos não se importam como a população está vivendo, mas sim, querem saber como eles estão crescendo e, cada dia mais voraz. Roubam na Educação, na Saúde, Nos transportes, nos contratos licitatórios junto às empresas de variados seguimentos, enfim, sempre encontram um jeito de sacrificar os brasileiros.

Não sei se temos condições de estancar essa "doença" que alastrou sobre os quatro quadrantes do nosso país, mas com certeza, ainda temos gente do bem, sérias e que podem "revolucionar" e decepar essa "carnificina corruptiva" que assola de forma assustadora esse gigante chamado Brasil. Um país que o brasileiro tem que trabalhar cinco meses e quatro dias somente para pagar impostos. Um dos mais tributados do mundo.

Brasil dos desmandos, da corrupção e de um povo extremamente sofrido e abandonado nos mais variados setores pelos governantes. A Educação, mexida e remexida continua um caos. A saúde pública é um desastre, a Cultura abandonada, produtores aborrecidos porque não conseguem nem pagar os gastos para produzir, o combate às endemias irrelevante, nossas fronteiras desguarnecidas, drogas ilícitas por todos os cantos, programas que tem por objetivos sedimentar os excluídos, em muitos casos sendo pagos indevidamente pra muitos que não precisam, sem contar outros programas sociais que foram criados para servir apenas como “seva” de votos. 

A situação em nosso país é tão lastimável que parece mesmo que os Poderes Institucionais não se alinham, com divergências constantes. No Supremo Tribunal Federal (STF), a maior Corte do país existe processos há mais de vinte anos que ainda não foram analisados e julgados. Na Operação Lava Jato, quando o juiz federal Sérgio Moro decreta a prisão de dez, o Supremo Tribunal Federal manda soltar sete. O país do foro privilegiado e que presidente no exercício da função não pode ser investigado. Cristalina pureza de país subdesenvolvido, de poderes, principalmente político, corporativista. 
Na Câmara Federal e no Senado da República, parte gigantesca dos deputados federais e senadores aceitam recursos de emendas e outros para salvar a pele do Presidente da República, que já se livrou de um processo e agora vai lutar contra outro processo. No primeiro processo a compra de apoio político custou R$ 17 bilhões de reais, recursos dos cofres públicos. 

Na verdade, se continuarmos dessa forma, com essa roubalheira desenfreada e sem uma solução cabível, que possa dar cabo nesta situação peçonhenta, começa-se a sentir um cheiro de “Verde Oliva” em nosso país e, talvez seja a única solução para neutralizar essa incomoda situação. Só esperamos que, se isso acontecer, seja brando, mas que possa punir de acordo com a rigorosidade da lei todos os infratores e aqueles que delapidam o patrimônio público. Que coloque o Brasil nos trilhos, para que nós possamos vivenciar com glamour a frase de Benjamin Constant Botelho de Magalhães estampada em nossa Bandeira: “Ordem e Progresso”.

Estados como o Rio de Janeiro e Rio Grande do Sul estão praticamente falidos. Os demais estados federados, todos passam por algumas ou muitas necessidades que, por conseguinte, assolam todos os municípios, principalmente aqueles que sobrevivem com repasses de recursos constitucionais e, nesse caso, é maioria absoluta.

Qual a durabilidade desse tempo “ládrico?” Até quando eu não sei, mas como teve um início, com certeza terá um fim. Esperamos que esse fim não tarde, que seja rápido e que esse gigante torrão verde e amarelo volte às suas normalidades, mesmo porque, do jeito que está, é uma verdadeira anomalia, sem jeito, sem esperanças e, o que é pior, sem expectativas de dias melhores para aqueles que honestamente procuram trabalhar para dar o sustentáculo às suas famílias.

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